• Esporte

    Wednesday, 01-May-2024 22:43:52 -03

    Saibro e calendário atrapalham crescimento do Aberto do Rio

    DANIEL CASTRO
    DE SÃO PAULO

    20/02/2017 02h00

    Toby Melville/Reuters

    O Aberto do Rio, principal torneio de tênis da América do Sul atualmente, começa nesta segunda (20) em uma encruzilhada.

    Ao mesmo tempo em que é o único dos quatro eventos do continente que dá 500 pontos no ranking ao vencedor e consegue atrair pelo menos dois jogadores do top 10 há quatro anos, também encontra dificuldades para continuar crescendo.

    No ano passado, o Aberto do Rio teve a sua chave mais forte, com três tenistas entre os dez melhores do ranking e oito do top 30. Em 2017, serão dois e seis, respectivamente.

    O principal nome da edição é o japonês Kei Nishikori, 27, quinto colocado no ranking e dono de 11 troféus na carreira. O austríaco Dominic Thiem, 23, número 8 do mundo, participa pelo segundo ano seguido, mas agora com status de estrela após fazer a sua melhor temporada em 2016.

    Por outro lado, essa será a primeira vez que as quadras do Jockey Club Brasileiro, na Gávea, não receberão Rafael Nadal, campeão em 2014 e semifinalista nas duas últimas edições.

    Para o diretor do torneio, Luiz Carvalho, a ausência do espanhol será suprida por Nishikori e Thiem. "O Rafa é um cara que me ajudou muito na construção do Rio Open, foi peça-chave, mas a gente já estava buscando uma renovação para as pessoas poderem ver alguém diferente", afirma.

    PISO

    O Aberto do Rio é o terceiro de quatro torneios sul-americanos de saibro realizados em semanas seguidas —Quito, Buenos Aires e o Aberto do Brasil, em São Paulo, são os outros.

    Após essa sequência, vêm os Masters 1.000 americanos de Miami e de Indian Wells, que estão entre os eventos mais importantes do calendário e são jogados em quadra dura.

    Por esse motivo é comum que em fevereiro atletas da elite optem por competir em condições parecidas na Europa ou no torneio de Dubai, por exemplo, que também tem premiação maior.

    Uma possível mudança do saibro para a quadra dura está nos planos do Rio, mas para isso seria necessário ter autorização da ATP, que ainda não foi concedida.

    "A gente está pleiteando essa mudança de piso. Acredito que seria positiva para o torneio e para o tênis na América do Sul. Atrairia mais jogadores e continuaria a fazer o evento crescer. Já pleiteamos este ano, mas mudar só o Rio não faria sentido, teria que mudar outros torneios, o que foge do nosso controle", diz Carvalho.

    Procurada, a ATP não informou detalhes sobre o pedido feito pelo torneio.

    Caso a mudança seja aceita para 2018, o centro de tênis do Parque Olímpico da Barra seria candidato natural a receber o evento. A forma de administração do espaço, porém, segue indefinida. Após os Jogos, apenas um torneio de vôlei de praia foi realizado no local.

    "Estamos felizes no Jockey, o evento encaixa muito bem lá. Estudamos com carinho a possibilidade do centro olímpico, mas precisamos entender em quais condições poderíamos ir para lá. Isso é discutido todas as semanas desde que os Jogos acabaram. Quando tivermos uma posição tomaremos uma decisão", afirma o diretor.

    INGRESSOS

    Ainda há ingressos para todos os dias de competição. Informações sobre preços e horários estão no site rioopen.com/ingressos

    Edição impressa
    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024