Natacha Pisarenko - 15.mai.2015/Associated Press | ||
Jogadores do Boca Juniors durante clássico contra o River Plate |
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Esporte
Sunday, 19-May-2024 14:17:17 -03Por falta de pagamentos a jogadores, Argentino continua paralisado
DE SÃO PAULO
DO UOL03/03/2017 16h59
O Campeonato Argentino estava previsto para reiniciar na primeira semana de fevereiro, mas até esta sexta-feira (3) continua paralisado devido a recusa dos jogadores em atuar sem receber salários. Muitos não recebem há quatro meses e fazem "bicos" como pintor ou entregador de pizzas.
Os clubes vivem um cenário caótico após o fim do "Fútbol para Todos", programa estatal criado pela ex-presidente Cristina Kirchner, em 2009. O Futebol Para Todos atuava no financiamento de futebol pelo poder público e tinha como principal objetivo transmitir jogos na TV aberta e patrocinar as equipes.
O Nacional estava marcado para reiniciar nesta sexta, com os confrontos entre Rosario Central x Godoy Cruz e San Lorenzo x Belgrano, mas após uma reunião entre a AFA (Associação de Futebol da Argentina) e o sindicato dos jogadores ficou decidido que a paralisação irá continuar.
Para não ficar sem atuar, River e Boca agendaram amistoso para este sábado.
ENCERRAMENTO DE PROGRAMA
O governo da Argentina oficializou nesta quinta-feira a aprovação do pagamento de 350 milhões de pesos (R$ 71 milhões) devido ao encerramento do "Futebol Para Todos".
O valor se refere à indenização pelo fim do programa e será utilizado integralmente para quitar dívidas da Federação Argentina de Futebol com clubes.
"[O aporte] Resultará de vital importância para retomada de torneio, de aspectos sociais, econômicos e financeiros na gestão de associações que integram a AFA", diz o acordo firmado entre Governo e AFA.
O reinício da competição, que teve 14 rodadas disputadas até dezembro o ano passado, ainda não está definido. A previsão era que a bola rolasse nesta sexta-feira, no entanto, o sindicato local de jogadores convocou greve, devido os atrasos de salários em diversos clubes.
O corte do subsídio aos times já fazia parte dos planos do presidente Mauricio Macri. Times argentinos reclamaram por não ter mais uma receita assegurada.
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