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    Ex-diretor rebate acusação de balanço maquiado no Corinthians

    ALEX SABINO
    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    07/03/2017 16h59

    Avener Prado/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 20-02-2017: Roberto de Andrade, presidente do Corinthians. Conselho do Corinthians vota o afastamento do presidente do clube, Roberto de Andrade, nesta segunda-feira (20). (Foto: Avener Prado/Folhapress, COTIDIANO) Código do Fotógrafo: 20516 ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Roberto de Andrade, atual presidente, foi quem colocou o balanço para aprovação

    O ex-diretor de finanças do Corinthians, Raul Corrêa da Silva, protocolou no conselho deliberativo do Corinthians sua resposta às acusações de que o balanço patrimonial do clube de 2014 estaria "maquiado". No documento, ele fala em "eventual falta de preparo técnico" do atual ocupante do cargo, Emerson Piovezan.

    Em carta ao presidente do órgão consultivo, Guilherme Strenger, Piovezan afirma que as contas mostradas em 2015, referentes ao ano anterior, estão maquiadas em R$ 328 milhões. Foi apresentado superávit de R$ 231 milhões quando o correto seria déficit de R$ 97 milhões. Segundo o atual diretor de finanças, a inclusão das cotas da Arena Corinthians como receita direta "distorceu a análise realizada pelos leitores do balanço".

    O documento foi publicado pela Folha na edição de sexta (3). A oposição se queixa que a administração do atual presidente Roberto de Andrade sabia do problema e nada fez. Colocou o balanço para votação e não republicou os números corretos.

    Em sua carta, Corrêa da Silva diz que as acusações são "levianas". "Dada a forma transparente e profissional como o tema foi tratado, nem eventual falta de preparo técnico do atual Diretor de Finanças justifica as afirmações",escreveu o ex-dirigente.

    Para contrariar a versão de Piovezan, Corrêa da Silva afirma que as práticas contábeis usadas no balanço estão de acordo com a legislação vigente. Cita a "Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis" definida na Resolução nº 1.374/2011 do Conselho Federal de Contabilidade, e o Pronunciamento CPC 30 emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. " Lembra que o balanço foi fiscalizado por auditorias independentes.

    Raul Corrêa, em vários pontos do documento, afirma que o balanço foi feito com transparência e que isso melhorou a imagem do Corinthians. "Registro que a atuação diligente da antiga gestão no registro contábil da participação na Arena foi apenas mais uma das diversas medidas implementadas para conferir maior transparência e eficiência à administração do SCCP [Sport Club Corinthians Paulista] - inclusive acabando com a história de "Marginal sem número"', disse.

    Diante da gravidade das acusações, ele pede que os esclarecimentos sejam submetidos imediatamente aos demais conselheiros do clube.

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