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    Santos estreia na Libertadores e Dorival vê sombras de outros técnicos

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    09/03/2017 02h00

    Ivan Storti/Divulgacao/Santos FC
    Dorival Junior durante trino do Santos FC. no CT Rei Pele, em Santos. (Foto: Ivan Storti/Divulgacao/Santos FC)
    Dorival Junior comanda treino do Santos na Vila Belmiro antes de jogo do Paulista

    Dorival Júnior levou o Santos ao título do Paulista do ano passado e classificou a equipe para a Libertadores deste ano. A estreia será nesta quinta (9), às 21h45, em Lima, contra o Sporting Cristal (PER). Apesar do histórico, ele é pivô de discussão nos bastidores na Vila Belmiro.

    Dizendo falar em nome do Santos, empresários telefonaram para outros técnicos atualmente desempregados para sondá-los sobre a possibilidade de assumir o time. O presidente Modesto Roma Júnior disse à Folha não ter qualquer interesse em mudança na comissão técnica.

    "Eu dou a minha palavra que o técnico do Santos é o Dorival Júnior", afirmou.

    Roma Júnior reclama que os boatos tomam conta do clube por se tratar de ano eleitoral. O pleito está marcado para dezembro e ele deve concorrer à reeleição.

    Como os resultados dentro de campo costumam definir votos, uma boa campanha na Libertadores o tornará um candidato quase imbatível.

    Além de montar o time, Dorival tem sido obrigado a administrar o descontentamento de parte do elenco.

    Jogadores reclamam que a premiação do Brasileiro do ano passado não foi paga. A insatisfação foi levada ao treinador, já que no início da temporada o clube gastou
    R$ 13,5 milhões com o meia Bruno Henrique e R$ 7,4 milhões pelo zagueiro Cleber.

    Dorival não quer ter de se preocupar com esse tipo de coisa e faz parte do grupo que não gostou da demissão do gerente de futebol Sergio Dimas. Não acha que tem de fazer o papel de levar problemas para a diretoria.

    Há cerca de um mês, ele ligou para o presidente para reclamar do comportamento do meia argentino Emiliano Vecchio durante os treinos. Ao ouvir sugestão de que o jogador deveria ser disciplinado, o dirigente afirmou que o técnico tinha de resolver a situação como achasse melhor.

    Durante derrota contra a Ferroviária, pelo Paulista, integrantes de organizadas gritaram que estava na "hora de a panelinha acabar".

    Chamou a atenção a utilização da palavra "panelinha", até então empregada em conversas privadas por integrantes da diretoria e conselheiros para reclamar que Dorival escala sempre os mesmos jogadores.

    "O Santos não está devendo premiações. É muita fofoca. Estou com o time no Peru e o clima está ótimo. Temos de pensar em conseguir um bom resultado na Libertadores", concluiu o presidente.

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