• Esporte

    Friday, 03-May-2024 20:10:34 -03

    Empresa interrompe patrocínio ao Boa Esporte após contratação de Bruno

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    11/03/2017 22h19

    Divulgação
    Goleiro Bruno acerta por 2 anos com o Boa Esporte e volta ao futebol
    Goleiro Bruno acerta por dois anos com o Boa Esporte e volta ao futebol

    A empresa de suplementos alimentares Nutrends decidiu interromper o patrocínio ao Boa Esporte após o anúncio da contratação do goleiro Bruno por parte do clube mineiro. A decisão foi tomada pela direção da empresa na noite deste sábado (11). A empresa informou a Folha de que a ruptura acontece "em respeito aos nossos consumidores, clientes e a ética da empresa".

    Desde o anúncio da contratação do goleiro, as páginas dos patrocinadores dos clubes têm sido tomadas por comentários críticos e xingamentos.

    "Quando vocês vão se posicionar sobre patrocinar um time que tem assassino? É esse o valor da empresa?", "Patrocinando assassino. Que ridículo!", são algumas das mensagens recebidas pelo perfil da Nutrends, que tomou a decisão durante reunião extraordinária de seus diretores para discutir o impacto da contratação de Bruno sobre a marca.

    Nesta sexta, a empresa já havia dito à reportagem que tinha sido pega de surpresa pela contratação do jogador.

    Além da Nutrends, o Boa Esporte também conta com o apoio do grupo "Góis e Silva", de propriedade de Rafael Gois, que foi candidato a prefeito de São Gonçalo de Sapucaí, em Minas Gerais, em 2016, mas teve a candidatura indeferida, e é considerado um dos políticos mais ricos do país; e da fornecedora de material esportivo Kanxa. Ambas as empresas também têm recebido xingamentos nas redes sociais.

    Ex-goleiro de Atlético-MG e Flamengo, Bruno estava preso desde 2010, acusado de envolvimento no assassinato de Eliza Samudio. Ele foi condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a ex-amante, além de sequestro e cárcere privado do filho que ele teve com Eliza.

    O jogador recorreu da decisão, mas não teve recurso julgado. Ele estava preso por decisão de primeira instância havia quase sete anos. Na decisão tomada no dia 21 de fevereiro e publicada no dia 26 pelo Supremo, o ministro Marco Aurélio Mello julgou não haver sustentação jurídica para manutenção do encarceramento. Bruno responderá ao processo em liberdade.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024