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    F-1 reinventa regras, deixa carros mais rápidos e 'torce' contra a Mercedes

    DANIEL MÉDICI
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    25/03/2017 02h00 - Atualizado às 04h51

    Paul Crock/AFP
    Lewis Hamilton em sua Mercedes durante treino do GP da Austrália
    Lewis Hamilton em sua Mercedes durante treino do GP da Austrália

    Não é apenas a ausência do atual campeão Nico Rosberg que vai dar o ar de mudança à F-1 em 2017. Neste domingo (26), às 2h, a temporada começa com a maior alteração no regulamento aerodinâmico da década.

    Os carros que correm no GP da Austrália, em Albert Park, têm pneus, aerofólios e carenagem mais largas, o que resulta em visual mais agressivo e aumento de velocidade nas curvas -o que deve puxar o tempo de cada volta alguns segundos para baixo.

    A pedido da organização, os compostos da Pirelli estão mais resistentes. A tendência é que as corridas tenham menos pit stops e os pilotos não precisem se preocupar tanto em poupar pneus. O regulamento deixará a pilotagem fisicamente mais extenuante. As novas regras foram bem recebidas pelos pilotos.

    A alegria de quem está no do cockpit contrasta com a dúvida de quem está fora dele. Com as mudanças, os engenheiros temem que vai ser ainda mais difícil ultrapassar. A preocupação já chegou até os organizadores, que podem anunciar alterações nas regras do DRS ("drag reduction system", sistema que permite trocar o ângulo dos aerofólios nas retas) após o GP da China, caso haja poucas trocas de posição.

    A mudança no visual da categoria não é garantia de que a F-1 vai apresentar maior equilíbrio entre as equipes, mas os testes da pré-temporada indicam que a Mercedes encontrará mais dificuldades para manter seu domínio.

    No primeiro treino oficial do ano, na Austrália, Lewis Hamilton conseguiu cravar a pole position com a Mercedes, mas ao seu lado estará a Ferrari de Sebastian Vettel. A segunda terá os outros dois carros destas equipes, com Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen. Felipe Massa, da Williams, larga em sétimo.

    Treino Oficial - Austrália

    Nos oito dias de pista aberta em Barcelona Kimi Raikkonen, da Ferrari, cravou a volta mais rápida: 1m18s634. Mais de 3 segundos mais veloz que a pole de 2016. Sebastian Vettel, companheiro do finlandês, foi o segundo mais rápido da pré-temporada, com 1m19s024. Valtteri Bottas, que substitui Rosberg na Mercedes, e Lewis Hamilton, aparecem em seguida.

    É comum as equipes fortes esconderem o jogo nos testes e se concentrarem em avaliar a durabilidade dos componentes. A melhor volta de Raikkonen foi marcada com pneus supermacios, mais duros que os ultramacios.

    A Mercedes domina a F-1 desde a introdução dos motores híbridos turboalimentados, em 2014. Dos 59 GPs disputados desde então, 51 foram vencidos pelos alemães, e em apenas três vezes um carro não largou da pole.

    A Williams dá sinais de recuperação após uma temporada abaixo das expectativas em 2016. Felipe Massa chegou a liderar um dia de testes na Espanha e, apesar das batidas de seu novo companheiro, Lance Stroll, a equipe foi a terceira que mais andou, com 800 voltas completadas.

    A decepção foi a McLaren, que, com 425 voltas, foi a que menos andou devido a várias quebras. Os problemas já desencadearam uma crise com a Honda, fornecedora dos motores. McLaren e Honda estão juntas desde 2015.

    NA TV
    GP da Austrália
    2h (de domingo) Globo

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