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    Jadson vê semelhanças entre Carille e Tite antes das quartas de final

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    01/04/2017 02h00

    Divulgação/Corinthians
    Apresentação Jadson
    Jadson voltou ao Corinthians no final do ano passado após deixar a China

    Jadson, 33, é rápido para citar a pontuação do Corinthians na primeira fase do Paulista: 24 pontos. Um a menos que o Palmeiras, dono da melhor campanha. Foram três clássicos disputados. Duas vitórias e um empate.

    "Pelos reforços das outras equipes, a nossa foi considerada a quarta força do Estado. Talvez [o Corinthians] seja no papel. Mas já provou nos resultados que não é assim", disse o meia em entrevista para a Folha.

    Quando ele deixou o Parque São Jorge e assinou com o Tianjin Quanjian, da segunda divisão chinesa, em dezembro de 2015, o Corinthians era o campeão brasileiro e dirigido por Tite. Dias após retornar, um ano depois, Fabio Carille foi efetivado como técnico de um elenco em reformulação e sem astros.

    Jadson abandonou a China no meio do contrato para ser uma das referências corintianas. Não só para a torcida, mas para os garotos do elenco. Isso aconteceu também por acreditar que, com ou sem reformulação, a equipe tem condições de conquistar títulos nesta temporada.

    O Corinthians enfrenta o Botafogo neste sábado (1º), às 18h30, em Ribeirão Preto, pelas quartas de final do Paulista. Apesar das ressalvas, Jadson vê a imagem da equipe hoje parecida com a dos tempos de Tite. Uma defesa sólida e um ataque regular. Com nove gols sofridos, é o segundo time menos vazado. Perde para o Palmeiras (oito).

    O meia tem explicação para isso. Carille trabalhou com Tite e aprendeu a liderar a equipe no mesmo estilo dele. De certa forma, o Corinthians de Fabio Carille não é tão diferente ainda do Corinthians de Tite. Para Jadson, o time nunca foi a quarta força. Por que seria agora?

    "Conhecemos o Carille. A filosofia de trabalho dele é a mesma do Tite", afirma. "Com o nosso time em formação, importa mais o resultado que o desempenho. Claro que o torcedor gosta das duas coisas. Mas no futebol, interessam os três pontos."

    NADA DE CHINA

    Quando voltou ao Brasil, Jadson ficou surpreso pelos comentários de que estava fora de forma. "Todo jogador que fica três meses parado perde alguma coisa", contesta. O médico Joaquim Grava chegou a dizer que ele estava "um pouquinho inchado", algo que o atleta diz ter sido um "mal-entendido".

    A polêmica o chateou. Mesmo assim, é melhor do que estar na China. "O nível [do Tianjin Quanjian] era muito baixo. Não me adaptei. Eles acham que sabem tudo. Na China, é cada um por si. Por causa do intérprete, você se tornar muito dependente do clube. Tentei falar alguma coisa em mandarim, mas eles [os chineses] não entendiam ou faziam de conta que não entendiam", afirma o meio-campista corintiano.

    JOGO

    Rodriguinho virou dúvida no meio-campo do Corinthians para a partida contra o Botafogo-SP. Com dor no joelho esquerdo, ele não participou do treino desta sexta-feira (31) e preocupa a comissão técnica.

    "Ele reclama deste problema há algum tempo. Decidimos poupá-lo para que ficasse apenas em trabalho de fortalecimento muscular", afirmou o técnico Fabio Carille.

    Se Rodriguinho não puder jogar, o substituto deverá ser Camacho.

    O Corinthians planeja os retornos do goleiro Cássio, do zagueiro Pablo e do lateral Fagner, que não enfrentaram o Linense na última rodada do Estadual.

    NA TV
    Botafogo-SP x Corinthians
    18h30 Pay-per-view

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    COMO OS TIMES CHEGAM NAS QUARTAS DE FINAL DO PAULISTA
    Veja destaques e características dos oito classificados para o mata-mata

    CORINTHIANS

    Ataque carente
    Time tem o segundo pior ataque entre os classificados

    Confrontos
    > 1.abr, 18h30 Botafogo x Corinthians
    > 9.abr, 16h Corinthians x Botafogo

    Fique de olho
    > Rafael Bastos, 32
    Responsável por armar as principais jogadas de ataque do Botafogo

    Pontos positivos
    No sistema 4-1-4-1, o time correspondeu bem e teve consistência na defesa; clube utilizou nove jogadores das categorias de base

    Pontos negativos
    Tem um ataque econômico. A equipe ainda sofre com o seu setor de criação e dependeu muito das bolas alçadas na área

    -

    SÃO PAULO

    Desequilibrado
    Equipe tem bom desempenho ofensivo, mas sofre na defesa

    Confrontos
    > 2.abr, 16h Linense x São Paulo
    > 8.abr, 16h São Paulo x Linense

    Fique de olho
    > Thiago Humberto, 31
    O meia-atacante de é o principal jogador do Linense desde 2015

    Pontos positivos
    Faz uma marcação no campo ofensivo e ataca com muitos jogadores. Terminou a fase de grupos com o melhor ataque, com 25 gols feitos

    Pontos negativos
    A defensa não encaixou e o time só não sofreu gol em apenas um jogo da 1ª fase. Ceni ainda não definiu quem será o goleiro titular

    -

    PALMEIRAS

    Mudança de estilo
    Alterna sua formação do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1

    Confrontos
    > 2.abr, 19h Novo Horizontino x Palmeiras
    > 7.abr, 21h Palmeiras x Novo Horizontino

    Fique de olho
    > Roberto, 31
    Vive um dos melhores momentos da carreira no Novorizontino e já despertou interesse de clubes da Série B

    Pontos positivos
    Neste ano, a equipe trocou a bola aérea muito utilizada com Cuca na conquista do Brasileiro pelas infiltrações e os toques rápidos para chegar ao gol

    Pontos negativos
    Sofreu com as contusões de Tchê Tchê e Moisés e demorou para encontrar o time. O colombiano Borja ainda não rendeu o esperado

    -

    SANTOS

    Manteve estilo de jogo
    No entanto mostrou dependência de Ricardo Oliveira, Renato e Lucas Lima

    Confrontos
    > 1.abr, 16h Ponte Preta x Santos
    > 10.abr, 20h Santos x Ponte Preta

    Fique de olho
    > Willian Pottker, 23
    O atacante da Ponte Preta foi um dos artilheiros do Campeonato Brasileiro e é o atual goleador do Estadual

    Pontos positivos
    Com os retornos de Renato, Ricardo Oliveira e Lucas Lima, clube cresceu na reta final da 1ª fase, com mais toque de bola e infiltrações pelo meio de campo

    Pontos negativos
    Time perdeu os três clássicos estaduais e sofreu pressão por parte da torcida; Dorival Júnior ficou ameaçado

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