As federações de futebol dos Estados Unidos, México e Canadá anunciaram nesta segunda (10) que formarão uma candidatura conjunta para concorrer à organização da Copa do Mundo de 2026, a primeira que deverá ter a participação de 48 seleções.

Segundo o presidente da federação americana de futebol, Sunil Gulati, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que planeja construir um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes ilegais, foi favorável à candidatura com os países vizinhos.

"Nós dissemos para uma pessoa em contato direto com o presidente as nossas intenções, e recebemos a resposta de que o presidente nos encorajava a seguir em frente. Disse que ele apoiou e estava muito satisfeito de o México participar disso", afirmou.

"Ter o apoio governamental é muito importante para a candidatura", completou o dirigente.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, havia afirmado em março que os decretos anti-imigração do presidente americano colocavam em risco a possibilidade de realização de uma Copa do Mundo no país.

Pela proposta dos três países, os Estados Unidos receberiam 60 das 80 partidas previstas para o Mundial de 2026. Canadá e México sediariam dez jogos cada. Todas as partidas a partir das quartas de final seriam em território americano.

Gulati confirmou que tanto o México quanto o Canadá gostariam de receber mais partidas do torneio, mas que as federações dos três países chegaram a essa divisão após uma "negociação amigável".

Após a exposição de Gulati, o presidente da federação de futebol do México, Decio de Maria, e o presidente da Associação de Futebol do Canadá e da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte e Central), Victor Montagliani, assinaram documento concordando com a candidatura conjunta.

A América do Norte não recebe uma Copa do Mundo desde 1994, quando os Estados Unidos sediaram pela primeira vez o Mundial. Agora, o país aposta que o torneio produziria o maior boom financeiro da história da Fifa.

"A Copa do Mundo na América do Norte, com 60 jogos nos EUA, será de longe a de maior sucesso da história da Fifa em termos econômicos. Temos 500 milhões de pessoas nesses três países. Será uma Copa do Mundo de sucesso extraordinário financeiramente e economicamente", concluiu.

O processo de escolha da sede da Copa do Mundo de 2026 deve começar no fim deste ano e terminar em 2020.