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    Campeonato Paulista 2017

    Diretor do São Paulo vê atitude de Rodrigo Caio como um 'marco'

    EDUARDO RODRIGUES
    DE SÃO PAULO

    17/04/2017 20h19

    O diretor de futebol do São Paulo, José Jacobson, disse à Folha nesta segunda-feira (17) que o ato de 'fair-play' do zagueiro Rodrigo Caio no clássico diante do Corinthians, no domingo, foi um marco histórico para o futebol.

    "Foi um gesto que é um marco divisor na história do futebol brasileiro. Ele não é herói, mas foi um ato nobre que o futebol não está acostumado a ver", disse.

    Aos 39 min do primeiro tempo, o atacante corintiano Jô tentou alcançar um passe longo e o goleiro Renan Ribeiro, do São Paulo, saiu para fazer a defesa, protegido por Rodrigo Caio. Após ver um choque entre o corintiano e o goleiro, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira mostrou cartão amarelo ao atacante.

    Seria o seu terceiro na competição, o que o deixaria suspenso da partida de volta, que será disputada no domingo (23), no Itaquerão. Mas o zagueiro são-paulino disse a verdade para o juiz: Jô não havia tocado no goleiro. O cartão foi, então, anulado.

    "Como dirigente eu vejo com muito bons olhos. Foi um gesto de intuição muito bonito", acrescentou Jacobson.

    A Folha apurou que alguns membros da diretoria não gostaram da atitude de Rodrigo Caio, alegando que não receberiam o mesmo tratamento se a situação fosse inversa.

    "Respeito quem é contra, embora não tenha informação de que alguém criticou a atitude. Mas no meu caso eu quero ver um Brasil diferente e o Rodrigo caio deu um exemplo", finalizou o diretor.

    CAPITÃO CONTESTA

    Nesta segunda-feira (17), o zagueiro e capitão Maicon não demonstrou total apoio ao companheiro. Em entrevista coletiva no centro de treinamento do clube, ele expôs sua opinião.

    "Eu acho que é melhor a mãe dele [Jô] chorando do que a minha. Prefiro a mãe dos meus adversários chorando do que a minha", afirmou o jogador.

    Os dois são companheiros de zaga desde o ano passado, quando chegaram à semifinal da Libertadores e se tornaram unanimidade com Rogério Ceni.

    "A gente deveria respeitar a atitude dele, foi o que ele quis fazer na hora, se foi certo ou não a consciência está com ele, e temos que apoiar. Estou do lado dele. Se achou que foi certo ter feito isso, ele fez. Da minha parte não posso dizer porque não aconteceu comigo. Não sei no calor do jogo o que aconteceria, então não tem como eu te responder", completou.

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