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    Campeonato Brasileiro 2017 - Série A

    Abertura do Brasileiro tem protesto contra reformas trabalhistas

    DE SÃO PAULO

    13/05/2017 20h47

    Um protesto por parte dos jogadores contra as reformas trabalhistas marcou as duas partidas que deram início ao Brasileirão 2017, neste sábado (13). No Maracanã, palco de Flamengo x Atlético-MG, e em Itaquera, local do duelo entre Corinthians e Chapecoense, os atletas entraram em campo com uma braçadeiras pretas. A atitude também se repetiu na rodada inaugural da Série B.

    A ação foi organizada pela Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol). Na visão da entidade, a proposta do governo, já aprovada pela Câmara dos Deputados e à espera de apreciação no Senado, traz prejuízos à Lei Pelé, que regulamenta o vínculo profissional entre clubes e jogadores, e traria impacto a cerca de 30 mil pessoas. Entre as mudanças, está a alteração no repasse do direito de arena, remuneração baseada na transmissão de TV dos jogos.

    Ronny Santos/Folhapress
    Jô, atacante do Corinthians, usa faixa preta no braço em protesto à reforma trabalhista na partida diante da Chapecoense
    Jô, atacante do Corinthians, usa faixa preta no braço em protesto à reforma trabalhista na partida diante da Chapecoense

    "Estão propondo uma alteração na Lei Pelé que é absurda, inaceitável. Protestamos contra essa iniciativa e lutaremos para que ela fracasse. Nós, que temos a chance de jogar nos principais clubes do futebol brasileiro, defenderemos até o fim os direitos dos jogadores que não têm voz, principais prejudicados nessa história", protesta a Fenapaf, por meio de nota.

    "Modificação na estrutura do direito de arena; parcelamento de férias; repouso semanal remunerado em dois períodos de 12 horas; fim do recesso coletivo do calendário; e insegurança contratual estão nas propostas de mudança que tramitam no Congresso Nacional e causam revolta na categoria", acrescenta.

    Segundo levantamento feito pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no ano passado, dos 28.203 jogadores profissionais do país, apenas 1.106 ganham mais de R$ 5 mil por mês. A maioria, 82%, recebe até R$ 1 mil mensais, pouco mais de um salário mínimo (R$ 880).

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