Após a queda na primeira fase da Copa Sul-Americana, diante do Defensa y Justicia (ARG), na quinta (11), Rogério Ceni fez defesa do seu trabalho. Citou média de pontos, gols, intervalo entre os jogos. Esqueceu a estatística que mais incomoda no São Paulo: três eliminações.

A esperança é que no Brasileiro, torneio em pontos corridos, as coisas sejam diferentes. A equipe estreia neste domingo (14), às 16h, contra o Cruzeiro, no Mineirão.

"Fizemos uma grande partida contra o Cruzeiro na Copa do Brasil. Vencemos, mas não foi o suficiente", lembrou ele, citando uma das quedas.

O São Paulo venceu por 2 a 1. Como havia perdido por 2 a 0 em casa, foi eliminado. Mesma novela do Paulista. Caiu no Morumbi para o Corinthians e empatou como visitante. Voltou da Argentina com um 0 a 0 pela Sul-Americana e contra um rival que jamais havia disputado um torneio continental. Saiu de mais uma competição ao ficar no 1 a 1 no Brasil.

"São 11 vitórias, 9 empates e 4 derrotas. Aproveitamento superior a outros que passaram por aqui, quase 59%. Não é ruim", disse Ceni.

Apesar das três quedas nos primeiros cinco meses de trabalho, ele não corre risco de demissão. Não há pressão de torcidas organizadas ou conselheiros. Isso por causa de outro fator que não pode ser mensurado em números: o prestígio pessoal de Ceni.

Maior ídolo da história do São Paulo, conseguiu o emprego por ser Rogério Ceni. Com auxiliares ingleses e franceses, colocou na cabeça que seria diferente. Foi à Europa e depois assumiu o único time que defendeu como jogador sem ter treinado nenhuma outra equipe antes.

É um dos casos em que o treinador é o maior nome da equipe. Por isso ainda encontra calma para trabalhar no Brasileiro, apesar das seguidas eliminações no ano.