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    Copa Libertadores

    Libertadores inchada deixa Brasil perto de recorde em mata-matas

    THIAGO ROCHA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    17/05/2017 02h00

    Esticada em datas até novembro e inflada para abrigar 47 clubes da América do Sul em 2017 -oito deles do Brasil-, a Libertadores pode proporcionar uma participação recorde de times brasileiros nas oitavas de final graças à mudança de formato. Pela primeira vez, o país pode classificar oito representantes para o mata-mata final.

    Até este ano, o máximo de vagas que o Brasil havia obtido no torneio continental eram seis. E apenas em 2013 todos os seis avançaram às oitavas de final do torneio.

    Dos oito times do Brasil na fase de grupos neste ano, um já tem vaga assegurada à próxima fase: o Atlético-MG. Outros cinco definem suas situações nesta semana, enquanto Grêmio e Palmeiras terão de esperar um pouco mais.

    Nem todos, porém, desfrutam de posições confortáveis.

    Heuler Andrey/AFP
    Atlético-PR e Flamengo estão no mesmo grupo da Libertadores
    Atlético-PR e Flamengo estão no mesmo grupo da Libertadores

    É o caso do Grupo 4, com dois brasileiros. O líder é o Flamengo, com nove pontos em cinco jogos, dois a mais do que San Lorenzo (ARG) e Atlético-PR, empatados com sete. Dependendo dos resultados da rodada desta quarta-feira (17), apenas um deles segue na Libertadores.

    Ambos jogam fora de casa. Os cariocas visitam o San Lorenzo, às 21h45. Caso percam no Nuevo Gasometro, precisam torcer por um tropeço dos paranaenses, que encaram a Universidad Católica (CHI), no mesmo horário, ou então passam de líderes a eliminados precocemente.

    O Atlético-PR só continuará na Libertadores se vencer em Santiago. O jogo é crucial para os paranaenses também no aspecto psicológico, já que a equipe perdeu o título estadual para o rival Coritiba e foi goleada por 6 a 2 pelo Bahia, na abertura do Brasileiro.

    Também nesta quarta-feira, mas às 19h15, o Santos enfrenta o The Strongest, da Bolívia, fora de casa.

    O time alvinegro lidera o Grupo 2, com oito pontos em quatro partidas, um a mais do que os bolivianos. Se vencer, assegura a vaga nas oitavas e a primeira colocação. Caso contrário, terá mais uma rodada para selar seu futuro.

    A localização de La Paz, 3.660 metros acima do nível do mar, costuma ser o obstáculo mais temido nos jogos em território boliviano. Tanto que a comissão técnica do Santos elaborou um treinamento específico para os goleiros, principais vítimas da baixa pressão atmosférica, que deixa a bola mais rápida, leve e sujeita a efeitos inesperados em sua trajetória.

    "Temos de ser realistas. Não estamos habituados [com a altitude]. Mas temos de conviver, aprender rápido. É um jogo decisivo", disse o técnico Dorival Júnior.

    A Chapecoense é o brasileiro em situação mais delicada. Com quatro pontos, os catarinenses se despedem da Libertadores se não vencerem o Lanús, nesta quarta-feira, às 21h45, na Argentina.

    Em caso de triunfo, terá de buscar mais três pontos diante do Zulia (VEN), no próximo dia 23, na Arena Condá.

    PREFERÊNCIA DOS TORCEDORES - Média de público, em mil

    CHAVEAMENTO

    Além de aumentar o número de participantes, a Libertadores de 2017 mudou o formato do chaveamento para as oitavas de final.

    Até o ano passado, a equipe de melhor campanha encarava o pior segundo colocado de grupo na classificação geral, garantindo na teoria um caminho mais fácil.

    Agora, os duelos serão conhecidos por sorteio, com líderes de grupo em um pote e vice-líderes, em outro.

    Em tese, o novo formato deixa a trajetória rumo ao título mais imprevisível.

    DE OLHO NA BILHETERIA

    Além dos aspectos esportivos, a permanência na Libertadores é importante para que os clubes mantenham estádios cheios e consigam arrecadação maior com bilheteria. Jogos do torneio continental costumam atrair muito mais os torcedores do que outras competições do calendário, como os Estaduais.

    Entre os brasileiros, o líder de público na Libertadores é o Flamengo, com uma média de 53.998 pagantes por jogo, quase quatro vezes mais do que o registrado no Estadual do Rio (14.884 pessoas).

    A média é maior que o público da estreia do clube rubro-negro no Brasileiro, diante do Atlético-MG, no último domingo (14), quando 42.575 pessoas foram ao Maracanã.

    A lógica se repete com o Botafogo, que detém média de 31.486 torcedores no Engenhão em jogos da Libertadores, contra apenas 9.157 em sua campanha no Estadual.

    O time alvinegro joga nesta quinta-feira (18) diante do Atlético Nacional (COL).

    Campeão do último Brasileiro também em público e arrecadação, o Palmeiras manteve os bons números de bilheteria na Libertadores, com média 38.451 pagantes.

    Esse índice pode ser afetado, já que a Conmebol julgará o clube nesta semana pela briga generalizada após o jogo contra o Peñarol, no Uruguai. A restrição na venda de bilhetes para o duelo com o Atlético Tucumán, dia 24, é uma das penas possíveis.

    Já o Santos precisou trocar de estádio para atrair mais público. O duelo diante do Santa Fe (COL) levou 26.153 pagantes ao Pacaembu, enquanto 13.132 foram à Vila Belmiro assistir ao duelo com o The Strongest. A média de público do clube no Paulista foi de 11.132 pagantes.

    Editoria de arte/Folhapress
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