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    Campeonato Brasileiro 2017 - Série A

    Ceni e Cuca usam clássico para implantar estratégias

    GUILHERME SETO
    LUIZ COSENZO
    DE SÃO PAULO

    27/05/2017 02h04

    Rogério Ceni e Cuca se encontrarão pela primeira vez como treinadores neste sábado (27), no Morumbi, no clássico entre São Paulo e Palmeiras, pelo Brasileiro.

    O jogo é importante para ambos, que buscam encaixar o modelo de jogo de suas equipes e querem tranquilidade para a sequência de partidas. Ambos os treinadores ainda tentam fazer com que os jogadores assimilem suas ideias: no caso do são-paulino, o processo se arrasta há três meses; no do palmeirense, há apenas quatro jogos.

    O setor defensivo do São Paulo é a principal fonte de lamentação para Ceni. Em 26 jogos no ano, a equipe não foi vazada em apenas seis, tendo sofrido 32 gols ao todo.

    Os jogadores de defesa ainda sofrem para compensar na zaga o ímpeto ofensivo da equipe montada por Ceni.

    Reserva contra o Avaí, o zagueiro Maicon retorna ao time no lugar de Lugano, que ficará no banco de reservas. Assim, formará a dupla na defesa com Rodrigo Caio.

    Se o ataque do São Paulo deu ares promissores em alguns momentos, atualmente também tem decepcionado.

    Como o meia peruano Christian Cueva atravessa fase ruim, e a equipe tem deixado claro que depende de seu talento para funcionar.

    Desde que sofreu uma lesão muscular em sua coxa esquerda em março, Cueva não conseguiu apresentar o mesmo futebol dos primeiros meses. Após ficar 19 dias afastado dos gramados, o meia-atacante disputou seis partidas e em cinco foi substituído.

    O homem de segurança de Ceni é o argentino Lucas Pratto, que desde que chegou já tem oito gols em quinze jogos.

    Pratto só não está no Palmeiras porque o Atlético-MG, que tinha contrato com ele, não quis liberá-lo para um possível adversário na Libertadores. O time alviverde, então, buscou Borja ao preço de mais de R$ 30 milhões.

    O colombiano virou uma das principais dores de cabeça de Cuca. No esquema tático que o fez campeão brasileiro em 2016, o técnico coloca bastante responsabilidade no jogador mais centralizado do ataque -não à toa, Gabriel Jesus foi um dos principais destaques da campanha.

    Borja tem repetido atuações ruins e começa a sofrer com a cobrança da torcida.

    Na defesa, o time ainda tem dificuldades em adotar a marcação individual, já que antes, com Eduardo Baptista, fazia por zona.

    "Precisa melhorar na defesa, na compactação e na bola parada. Se a gente se der por satisfeito vai acabar se enganando e é perigoso isso", disse o goleiro Fernando Prass.

    REENCONTRO

    Em 2004, Cuca e Rogério Ceni se desentenderam na passagem do treinador pelo São Paulo. O preparador físico Omar Feitosa -hoje no Palmeiras- discutiu com o goleiro durante atividade, e o treinador tomou as dores do auxiliar. Anos depois, em 2013, o técnico disse que o preparador estava errado e que se arrependia da decisão.

    "Encaro [o reencontro] com muita felicidade, porque o Rogério Ceni é uma pessoa que todos admiram. Como treinador, torço para que vá bem. O começo é difícil para todos, foi para mim, e ele vai tirar de letra", disse Cuca.

    "Tem sempre uma boa estratégia de jogo. Será complicado enfrentá-lo por sua capacidade de armar equipes. Ele é muito qualificado", disse o ex-goleiro.

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