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    Sem dinheiro para pagar demitidos, entidade vê disparada de processos

    GIANCARLO GIAMPIETRO
    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    29/05/2017 02h00

    Sobretudo em razão da herança de penúria financeira deixada pela presidência de Carlos Nunes (2009 a 2017), a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) enfrenta ao menos 18 ações judiciais de ex-funcionários, alguns de bastante renome.

    O técnico Rubén Magnano, que comandou a seleção masculina por seis anos, cobra R$ 700 mil por descumprimento de acordos. Ele deixou a equipe após os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto passado.

    Ex-jogador, Vanderlei Mazzuchini atuou até este ano como diretor da confederação. Com a troca na presidência, foi demitido. Assim como mais de dez outros recém-desempregados, como assessores da diretoria e de imprensa, ele foi informado pela nova administração que não havia como pagá-lo a —entidade está sem gerar receita devido à suspensão imposta pela Fiba (Federação Internacional de Basquete).

    Assim, todos os desempregados estão sem receber FGTS e indenizações e recorreram a processos judiciais já— há audiências marcadas para julho, novembro e fevereiro de 2018.

    Até mesmo o site oficial da entidade pode ser retirado do ar a qualquer momento. A empresa que o hospeda não recebe pagamento há meses.

    Desde que Nunes ascendeu ao cargo, há oito anos, as dívidas da confederação saltaram de R$ 1,1 milhão para R$ 17,2 milhões em 2015, o que representa uma subida de 1.350%.

    Seus maiores credores são bancos (Itaú e Bradesco) e uma financeira. Do débito total, R$ 4 milhões diziam respeito a empréstimos e R$ 5 milhões a antecipação de cotas de patrocínio e TV. A CBB também tem dívida com a própria Fiba.

    Xu Zijian/Xinhua
    Rubén Magnano, ex-técnico da seleção brasileira, está processando a CBB
    Rubén Magnano, ex-técnico da seleção brasileira, está processando a CBB
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