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    Fifa será intolerante com o preconceito nos jogos da Copa das Confederações

    FÁBIO ALEIXO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SÃO PETESBURGO

    16/06/2017 07h28

    A Fifa segue com seu discurso de tolerância zero contra discriminação nos estádios, sejam em termos de ofensas homofóbicas ou raciais. E na Copa das Confederações, os árbitros poderão até paralisar as partidas caso haja violações seguidas por parte dos torcedores.

    Em cada uma das 16 partidas do torneio que começa neste sábado (17) e vai até o dia 2 de julho, a entidade terá inspetores que trabalharão em conjunto com árbitros e outros oficiais.

    "Existe uma série de medidas e protocolos a serem seguidos. Fazemos anúncios claros antes e depois durante as partidas caso haja algum tipo de grito discriminatório. A paralisação de uma partida seria o procedimento mais drástico a ser tomado", afirmou a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura durante entrevista coletiva nesta sexta-feira em São Petersburgo.

    Os torcedores de Chile e México deverão receber uma atenção especial dos observadores, uma vez que várias sanções foram aplicadas às federações destes países nos últimos meses devido a cantos homofóbicos em jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.

    Stephane de Sakutin - 25.out.2013 /AFP
    Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa
    Fatma Samoura, secretária-geral da Fifa

    "Temos aplicados sanções atrás de sanções para mostrar que nosso nível de tolerância é zero. Se elas não funcionarem, teremos de levar isso adiante de outra maneira", afirmou Samoura.

    Casos de racismo também foram comuns recentemente no futebol russo. Até por conta disso, a federação local apontou o ex-jogador Alexey Smertin como um inspetor para o tema neste período de Copa das Confederações e Copa do Mundo.

    Para o presidente do Comitê Organizador do Mundial e União Russa de Futebol, Vitaly Mutko, a decisão da Fifa é bem-vinda.

    "O problema da discriminação não existe apenas na Rússia, existe em todos os lugares do mundo. A Fifa está lutando contra isso e vamos apoiar. Estamos gratos que a entidade coloque seus observadores e que o sistema seja duro", afirmou.

    Neste ano, a CBF foi multada em R$ 120 mil por causa de gritos de "bicha" direcionados ao goleiro do Paraguai na vitória por 3 a 0 em jogos das eliminatórias no Itaquerão.

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