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    Federação Internacional de Basquete revoga suspensão ao Brasil

    GIANCARLO GIAMPIETRO
    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    21/06/2017 14h02

    Charlie Neibergall/Reuters
    Nenê, do Brasil, ataca Luís Scola, da Argentina durante partida da primeira fase do basquete masculino na Rio-2016
    As seleções brasileiras estão novamente liberadas para disputar competições internacionais

    A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) foi comunicada nesta quarta-feira (21) pela Fiba (Federação Internacional de Basquete) de que está revogada a suspensão à qual havia sido submetida em novembro do ano passado.

    Dessa forma, seleções, clubes e árbitros nacionais serão reintegrados às competições do calendário internacional.

    Com seus principais ativos –as seleções principais– reabilitados, os próximos movimentos da CBB passam agora pela captação de recursos e patrocínio.

    Em comunicado divulgado no dia 6 de junho, para resumir os primeiros 90 dias de gestão de Peixoto, a CBB afirma que "um dos maiores patrocinadores esportivos do mercado nacional entregou carta de intenção de patrocínio" à Fiba.

    A Folha apurou que essa empresa é a Caixa Econômica Federal, que já investe no basquete brasileiro com patrocínio direcionado aos principais campeonatos do país, NBB (masculino) e LBF (feminino).

    A confederação também poderá contar agora com verbas da Lei Piva, depois de ter conseguido uma CND (Certidão Negativa de Débitos) da Receita Federal.

    A liberação desses recursos, importantes para restabelecer fluxo de caixa, porém, passa por longo processo burocrático.

    Para seguir com suas operações em frente, no entanto, esse montante não seria o suficiente, especialmente devido ao seu grave quadro financeiro.

    Os avanços de Peixoto em seus primeiros três meses de trabalho ajudaram a convencer a Fiba a anular a sanção. Conforme a Folha antecipou, a CBB anunciou neste mês o estabelecimento Centro de Treinamento temporário para as seleções, em Campinas, na Arena Concórdia. Paralelamente, encaminha a recuperação de projeto para uma base permanente em Jundiaí. As contas da gestão também foram enxugadas.

    A CBB, porém, ainda vai precisar se esforçar para reconstruir sua credibilidade com a entidade internacional.

    A relação entre ambas ruiu durante a gestão de Carlos Nunes, que se estendeu de 2009 a 2017. A suspensão imposta ao basquete nacional foi imposta quando o cartola falhou em quitar uma dívida gerada pela compra de vaga para a seleção brasileira na Copa do Mundo masculina de 2014, realizada na Espanha.

    Entre as consequências mais graves dos sete meses de suspensão, os clubes nacionais foram impedidos de disputar a Liga das Américas, enquanto as seleções sub-19 masculina e feminina foram retiradas dos Mundiais da categoria, após conquistarem suas vagas em quadra.

    Estavam pendentes ainda 175 mil euros (R$ 642 mil), quantia que a nova administração da CBB não teria dificuldade para pagar. O diagnóstico, porém, é de que a hesitação da Fiba transcende esse valor, após sucessivos calotes dados.

    A dívida contraída pôs a CBB sob a lupa da federação. Não foi necessário um exame detalhado para que detectassem o sucateamento da confederação brasileira.

    A federação internacional, por isso, ainda recebe de modo cauteloso as novidades apresentadas.

    NO AR

    Nesta quarta-feira, a CBB se antecipou e publicou em seu site um comunicado anunciando a suspensão. Minutos depois, porém, o texto foi retirado do ar, a pedido da federação internacional, que esperava divulgar a decisão por meio de comunicado oficial.

    Antes da eleição de Peixoto, estava nos planos da Fiba a reestruturação da CBB por meio de uma força-tarefa que contaria com um interventor da entidade e a participação de representantes do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e do Ministério do Esporte. O novo presidente não concordou com a medida.

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