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    CBF diz que não foi prejudicada por Rosell em recurso para liberar cartola

    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    22/06/2017 18h10

    Ferran Nadeu/El Periódico de Catalunya
    Sandro Rosell foi detido em maio, em Barcelona

    Um documento da CBF assinado pelo secretário-geral Walter Feldman foi apresentado pelo advogado de Sandro Rosell nesta quinta-feira (22) na tentativa de conseguir a liberda-de provisória do cartola catalão.

    Na carta entregue aos representantes da Audiência Nacional, Feldman nega que a CBF tenha sido prejudicada pelo ex-presidente do Barcelona e amigo de Ricardo Teixeira, ex-chefe da entidade por mais de duas décadas. A informação foi revelada pelo jornal "Mundo Deportivo", da Espanha.

    À Folha, a CBF confirmou o envio do documento, mas disse que não comentaria o seu teor.

    Rosell foi preso em maio na operação denominada Rimet –em alusão à taça Jules Rimet, entregue aos campeões mundiais até 1970 e roubada no Brasil.

    A operação tem como principal alvo as relação de Rosell e a CBF. De acordo com investigadores, mais de 15 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões) foram divididos pelo catalão e por Teixeira. Os valores teriam sido recebidos de forma ilegal na negociação dos direitos de imagem da seleção brasileira.

    A operação é um trabalho do Ministério Público da Espanha em colaboração com autoridades suíças e o FBI.

    Além de apresentar o documento assinado por Feldman, o defensor de Rosell pediu a libertação do cartola alegando que não existe risco de fuga do cartola.

    Juca Varella/Folhapress
    Sandro Rosell (esq.) observa Teixeira abraçar Denílson em treino da seleção antes da Copa de 2002
    Sandro Rosell (esq.) observa Teixeira abraçar Denílson em treino da seleção antes da Copa de 2002

    Apontado como sócio oculto de Teixeira, o ex-presidente do Barcelona repassou pelo menos R$ 23,8 milhões ao cartola mineiro e seus familiares. A maior parte foi embolsada no final do seu último mandato, em março de 2012.

    O ex-presidente do Barcelona começou sua amizade com Teixeira no final dos anos 1990, quando Rosell se mudou para o Brasil como executivo da Nike, empresa que patrocinava a seleção. Após a Copa de 2002, Rosell deixou a multinacional e se tornou parceiro da CBF.

    O catalão fundou a Brasil 100% Marketing, empresa que promovia os amistosos da seleção. Ele ainda criou a Ailanto, outra firma montada para realizar um jogo da seleção em 2008 em Brasília.

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