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    Sem conversa com novo técnico, Ganso não sabe se continua no Sevilla

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    23/06/2017 12h00

    Cristina Quicler/AFP
    Sevilla's Brazilian midfielder Ganso celebrates after scoring during the Spanish league football match Sevilla FC vs Granada FC at the Ramon Sanchez Pizjuan stadium in Sevilla on April 21, 2017. / AFP PHOTO / CRISTINA QUICLER
    Ganso comemora gol contra o Granada, marcado após afastamento de quatro meses

    Paulo Henrique Ganso ainda vive um limbo na Espanha. A saída de Jorge Sampaoli do Sevilla para dirigir a seleção da Argentina foi uma boa notícia para o meia brasileiro. Mas ele não teve ainda nenhum contato com também argentino Eduardo Berizzo, contratado há duas semanas para comandar a equipe.

    Segundo o diretor esportivo Óscar Arias, o novo treinador chegou para dar continuidade ao trabalho do antecessor, o que não é música para os ouvidos do brasileiro. A Folha tentou contato com Berizzo, mas não conseguiu falar com ele, que se credenciou para o Sevilla pelo trabalho realizado no Celta de Vigo, também da Espanha, semifinalista da última Liga Europa. O próprio sucessor disse ter "mais semelhanças do que diferenças com Sampaoli".

    "O Paulo também não [falou com Berizzo]. Ele ainda não teve nenhum contato com o técnico", disse o empresário do jogador, Giuseppe Dioguardi.

    Um empresário argentino amigo de Berizzo disse à reportagem acreditar que o meia brasileiro terá dificuldade para continuar no Sevilla porque Berizzo e Sampaoli compartilham a mesma visão de futebol e já conversaram sobre o elenco que vai receber no Sevilla.

    O plano de Ganso, se Sampaoli deixasse o clube, era continuar. Se seu desafeto ficasse, ele pediria para ser negociado. Diante do impasse na situação, Valencia (ESP) e Galatasaray (TUR) enviaram propostas ao Sevilla pelo armador. Ambas foram rejeitadas.

    Para Paulo Henrique, isso sinalizou a intenção do Sevilla em lhe dar chances de jogar na próxima temporada. Ele tem mais quatro anos de contrato com o clube.

    O armador já foi procurado por cinco times brasileiros, interessados em repatriá-lo. A resposta foi negativa. Ganso colocou na cabeça que precisa dar certo na Europa e vê nisso o caminho para voltar a ser considerado para a seleção brasileira. Ele disse não ter a intenção de retornar depois de um ano em que pouco atuou no futebol espanhol.

    Contratação pedida por Sampaoli, Ganso caiu em desgraça com o treinador após uma sequência de partidas em que não foi escalado. O brasileiro foi à sala do chefe para questionar sua omissão. O argentino não gostou da atitude do atleta. A partir dali, o deixou de lado. Chegou a nem relacioná-lo para o banco de reservas em várias rodadas do campeonato nacional. Para a família de Paulo Henrique, a intenção do técnico era fazer o jogador explodir em um alto de rebeldia que justificasse seu afastamento definitivo.

    Ganso ficou quatro meses sem jogar, até que voltou em abril marcando dois gois contra o Granada. Depois disso, atuou apenas mais três vezes. Uma como titular. Fez 16 partidas na temporada. Apenas uma pela Liga dos Campeões da Europa, o torneio mais importante da Europa.

    Vendido pelo São Paulo por R$ 34 milhões em 2016, ele realizou o antigo sonho de jogar na Europa. Pelo Santos, onde ficou entre 2008 e 2012, mais de uma vez tentou cavar saída para o exterior, o que não aconteceu.

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