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    Corrupção no futebol

    'Seguro no Brasil', Teixeira é réu nos EUA e investigado em três países

    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    28/06/2017 12h20

    Tasso Marcelo - 16.ago.2016/AFP
    CORRECTION - Former president of the CBF Ricardo Teixeira is seen at the burial of Joao Havelange, FIFA's president between 1974 and 1998, at the cemetery of Sao Joao Batista in Botafogo, Rio de Janeiro, on August 16, 2016. Joao Havelange, who died Tuesday at the age of 100, turned FIFA into a global business behemoth and helped bring the Olympics to Rio, only to resign in disgrace after a corruption scandal. / AFP PHOTO / TASSO MARCELO / "The erroneous mention[s] appearing in the metadata of this photo by TASSO MARCELO has been modified in AFP systems in the following manner: [The person in this picture is Ricardo Teixeira] instead of [Jose Maria Marin]. Please immediately remove the erroneous mention[s] from all your online services and delete it (them) from your servers. If you have been authorized by AFP to distribute it (them) to third parties, please ensure that the same actions are carried out by them. Failure to promptly comply with these instructions will entail liability on your part for any continued or post notification usage. Therefore we thank you very much for all your attention and prompt action. We are sorry for the inconvenience this notification may cause and remain at your disposal for any further information you may require." ORG XMIT: TAS878
    Ricardo Teixeira durante o velório de João Havelange, uma de suas últimas aparições públicas

    Presidente da CBF por mais de duas décadas, Ricardo Teixeira, 70, tem problemas com a Justiça em pelo menos quatro países. Ele é réu nos EUA e é investigado pela Espanha, Suíça e Uruguai.

    Em entrevista exclusiva à Folha, ele afirmou que não pretende sair do país.

    "Não existe esse acordo. Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não", disse Teixeira, negando negociar com autoridades norte-americana uma delação premiada.

    ESPANHA

    No mês passado, Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona,foi preso acusado de participar de negócios ilícitos com o cartola brasileiro. Os dois são amigos desde os anos 1990.

    Na Espanha, Rosell, Teixeira e outras cinco pessoas são acusadas de fazer parte de uma "organização criminal transnacional" e de "lavar dinheiro proveniente de comissões ilícitas" da "venda dos direitos sobre a seleção".

    Os espanhóis também relatam que Teixeira e sua ex-mulher tinha cartões de crédito bancados pela Uptrend, empresa de Rosell nos EUA.

    O brasileiro nega as acusações. Ele diz que nunca recebeu dinheiro das empresas do catalão. Parentes do cartola já receberam mais de R$ 23 milhões, de acordo com levantamento feito pela Folha.

    EUA

    Teixeira foi denunciado pelo FBI em dezembro de 2015 acusado de participar de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos de torneios no Brasil e no exterior.

    O esquema envolvia os presidentes das federações locais da América do Sul e o comandante da Conmebol (entidade que reúne os países do continente).

    Eles recebiam propina de agências de marketing esportivo na venda de direitos de transmissão.

    José Maria Marin, seu sucessor na CBF, está preso desde 2015 pelas acusações.

    Marco Polo Del Nero e Teixeira nunca mais deixaram o Brasil.

    URUGUAI

    O ex-presidente da federação de futebol do Uruguai, a AUF, Eugenio Figueredo, firmou acordo de colaboração com o FBI e com as autoridades do seu país.

    Nele, Figueredorelatou o caminho do dinheiro nas negociaçõe com os seus companheiros de Conmebol e ainda aceitou ter parte dos seus bens bloqueados –foram cerca de US$ 10 milhões (R$ 33 milhões).

    No seu depoimento no Uruguai, ele afirmou que Teixeira comandava a divisão das propinas.

    SUÍÇA

    Ricardo Teixeira também foi investigado pelo Ministério Público da Suíça, que repassou as informações ao FBI.

    Teixeira e João Havelange, presidente da Fifa (1974 - 1998), receberam 21,9 milhões de francos suíços (R$ 45,5 milhões) em subornos da empresa de marketing esportivo ISL, segundo dossiê do caso ISL divulgado pela Justiça da Suíça em 2012.

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