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    Copa das Confederações 2017

    Presidente da Fifa não garante Copa das Confederações em 2021

    FÁBIO ALEIXO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO PETERSBURGO

    01/07/2017 14h50

    Amr Abdallah/Reuters
    O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse nesta quinta-feira que pretende incentivar a escolha de mais de uma sede para a Copa do Mundo de 2026, envolvendo três ou quatro países com quatro ou cinco estádios cada.
    O presidente da Fifa, Gianni Infantino

    O jogo entre Alemanha e Chile neste domingo (2), que decidirá o título da Copa das Confederações da Rússia, poderá ser o último da história do torneio. A sequência da competição não está garantida a partir de 2021.

    O presidente da Fifa, Gianni Infantino, foi questionado sobre o futuro da competição –que é disputada desde 1992– e fez mistério.

    "O futuro da Copa das Confederações é a final que vai ser amanhã. Este é o futuro. O que acontece depois disso, vamos analisar, como fizemos com todas as competições desde que cheguei à Fifa. Primeiro focamos na Copa do Mundo e depois de muita análise resolvemos aumentar de 32 para 48 seleções. Estamos estudando todas as competições e obviamente vamos analisar a Copa das Confederações. Talvez possamos aumentar para 48 seleções, ou talvez não (risos)", disse o presidente da entidade.

    O maior problema que a Fifa pode ter para organizar a Copa das Confederações de 2021 no Qatar é o calendário. A época mais propícia para a realização do torneio seria no inverno, entre novembro e dezembro. Entretanto, isso bate diretamente com a temporada europeia, o que causaria briga com os clubes. Em 2022, já haverá a paralisação dos campeonatos europeus para a disputa da Copa do Mundo do Qatar no fim do ano.

    Desde 2001, quando a Coreia do Sul e o Japão sediaram o torneio, ele é realizado um ano antes do Mundial como evento-teste. A única exceção foi a edição de 2003, na França, quando a competição ainda acontecia a cada dois anos.

    DOPING

    A entrevista coletiva de Infantino, a única desde que chegou à Rússia, também foi marcada por diversas perguntas sobre o suposto doping dos 23 jogadores russos que disputaram a Copa do Mundo de 2014. A informação foi publicada pelo jornal britânico "Daily Mail"no último domingo (25).

    O excesso de questões irritou Vitaly Mutko, presidente da União Russa de Futebol, do Comitê Organizador do Mundial e vice-primeiro ministro.

    "Se eu começar a dançar uma dança típica russa aqui, agora, vocês param com essas perguntas ou não? Não sei mais o que fazer", disse o cartola, que em inúmeras oportunidades negou que haja doping no futebol russo.

    Infantino, por sua vez, afirmou que os testes feitos até agora com atletas russos em competições da Fifa e da Uefa nunca apontaram nenhum uso de substâncias ilegais. Ele fez questão de reforçar que os testes são conduzidos por laboratórios credenciados pela Agência Mundial Antidoping (Wada) e seguem os mais rigorosos controles.

    O presidente da Fifa afirmou também que a investigação para apurar as denúncias feitas pelo jornal estão sendo conduzidas em cooperação com a Wada e que haverá punição caso algo seja comprovado..

    "Se algo surgir, claro que teremos punições. Quando os resultados saírem e se tiver alguma regra violada, faremos punições disciplinares, é claro. Há tolerância zero para o doping, seja com a Rússia ou com qualquer outro país", disse.

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