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    Campeonato Brasileiro 2017 - Série A

    Rogério Ceni é demitido quando tentava fazer o São Paulo se defender

    ALEX SABINO
    GIANCARLO GIAMPIETRO
    DE SÃO PAULO

    03/07/2017 19h22

    Marcello Dias/Futura Press/Folhapress
    RIO DE JANEIRO,RJ,02.07.2017:FLAMENGO-SÃO-PAULO - O técnico Rogério Ceni do São Paulo durante a partida entre Flamengo RJ e São Paulo SP, válida pela Série A do Campeonato Brasileiro 2017, no Estádio Luso Brasileiro no Rio de Janeiro (RJ), neste domingo (02). (Foto: Marcello Dias/Futura Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    Ceni cai no Campeonato Brasileiro com quinta melhor defesa e quarto pior ataque

    O São Paulo de Rogério Ceni começou o ano atacando e encerrou precocemente o trabalho do treinador quando tentou se defender. O clube do Morumbi anunciou nesta segunda-feira (3) sua demissão, depois de sete meses de trabalho.

    Ainda que contra adversários mais frágeis, o time que abriu a temporada atendia ao discurso do técnico, com jogo agressivo para pressionar seus adversários, com ou sem a bola, no campo ofensivo.

    Em seus dez primeiros jogos no ano, o time marcou 29 gols, com oito vitórias, um empate e uma derrota.

    Até que veio o duelo com o Palmeiras, em 11 de março. Fora de casa contra um adversário bem preparado para lidar com seu sistema ofensivo, o São Paulo foi desarmado e perdeu por 3 a 0.

    A derrota no clássico reforçou um temor dos mais céticos. Se era verdade que a equipe tinha um ataque empolgante, dando sustância ao discurso de mudanças de seu estreante treinador, por outro lado sua defesa penava.

    Nos mesmos dez jogos, foram 17 gols sofridos (1,7). No período, os únicos oponentes de primeira divisão foram um desfalcado Santos, vencido por 3 a 1, na Vila Belmiro, e a Ponte Preta, ainda pela segunda rodada do Paulista, goleada por 5 a 2.

    Ceni rebatia as críticas alegando que os gols saíam mais por falhas pontuais do que por deficiência sistêmica.

    Observando os números, porém, fica claro como a vitória palmeirense valeu como um marco nesta trajetória.

    Desde então, foram 25 partidas para o São Paulo. Em apenas cinco delas a equipe fez dois ou mais gols, sendo quatro pelo Brasileiro.

    No meio do caminho, vieram eliminações em serie, enquanto seu elenco também era abalado por vários desfalques, é verdade.

    Em seis jogos pelos mata-matas decisivos contra Corinthians, Cruzeiro e Defensa y Justicia (Argentina), o São Paulo até diminuiu a média de gols sofridos –1,16 por jogo. Mas viu seu ataque minguar, marcando quatro gols.

    No campeonato nacional, após três duros tombos, o time que se pretendia propositivo tentou se remodelar. Ceni recuperou a formação com três zagueiros, com resultados consistentes com a nova proposta.

    Após derrota para o Cruzeiro pela primeira rodada, o time tomou apenas um gol em quatro jogos, saindo com três triunfos, incluindo um troco no Palmeiras (2 a 0 no Morumbi, em 27 de maio).

    Uma nova derrota em clássico, dessa vez para o Corinthians, voltou a sacudir os alicerces da equipe: 3 a 2, com novas falhas da defesa.

    O que se sucedeu foi uma sequência de cinco jogos em que pouco funcionava dos dois lados: três derrotas, dois empates, só dois gols marcados e seis sofridos.

    Ceni não encontrou um equilíbrio. Foi demitido com a sexta melhor defesa do Brasileiro, mas também com o quarto pior ataque.

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