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    Copa Libertadores

    Como em 1999 e 2009, parceiro forte é arma do Palmeiras na Libertadores

    DE SÃO PAULO

    05/07/2017 02h00

    A partida desta quarta-feira (5), às 21h45, contra o Barcelona de Guayaquil, no Equador, é o primeiro passo do Palmeiras para cumprir meta que não atinge há tempos. Mais precisamente desde 2009 o time não passa das oitavas de final da competição continental que conquistou em 1999.

    O time conta com uma coincidência histórica para avançar: atualmente patrocinado pela Crefisa (que investiu mais de R$ 100 milhões apenas em jogadores), o Palmeiras tinha o apoio de fortes empresas na última vez em que foi mais longe na competição, e também quando foi campeão da Libertadores.

    Em 2009, quando foi eliminado nas quartas de final pelo Nacional (URU), o time contava com o apoio da Traffic, uma das maiores empresas de marketing esportivo do mundo, que prosperou por meio de negociações de direitos de transmissões de TV e publicidade de grandes eventos, como a Copa América e a Libertadores. Recentemente, seu proprietário J. Hawilla tornou-se réu confesso da Justiça dos EUA por ter participado de esquema de corrupção.

    Há nove anos, a Traffic investiu pesado e contratou jogadores como Henrique, Pierre, Keirrison, Cleiton Xavier e Diego Souza (que o Palmeiras hoje quer tirar do Sport), montando equipe para conquistar os principais títulos. Ao final da relação, em 2010, contabilizou o título paulista de 2008 e acumulou frustrações.

    Em 2009, com Vanderlei Luxemburgo no comando, a equipe empatou por 1 a 1 com o Nacional no Palestra Itália e por 0 a 0 no Uruguai, e assim foi eliminada. O ataque do time era formado por Cleiton Xavier, Diego Souza,Keirrison e Willians, com Ortigoza como reserva imediato.

    Foi também nesse ano que o Palmeiras, com excelente campanha no Brasileiro, perdeu a liderança na 34ª rodada e viu o Flamengo levantar a taça. O baque foi tão grande que a equipe cheia de jogadores badalados ficou fora da zona de classificação para a Libertadores do ano seguinte.

    Em 1999, quando fez sua melhor campanha e levou a Libertadores pela primeira vez, o clube contava com o apoio da multinacional Parmalat, que atuava no clube em esquema de cogestão do departamento de futebol. Com jogadores cobiçados como Arce, Junior, Cesar Sampaio, Oséas e Paulo Nunes, conquistou o último grande título da relação que começou em 1992 e se encerrou no final de 2000.

    As participações depois de 2009 partiram de expectativas diferentes, mas ambas terminaram em decepções.

    Com grupo modesto de jogadores para disputar a Série B de 2013, o Palmeiras tinha ambições reduzidas em relação a Libertadores, para a qual o clube tinha se classificado depois de ter sido campeão da Copa do Brasil em 2012.

    Na oitavas de final, perdeu por 2 a 1 para o Tijuana (MEX) no Pacaembu e foi eliminado da competição. A partida foi marcada por um "frango" do goleiro Bruno, que deixou passar a bola entre as pernas.

    Em 2016, já com apoio (menos ostensivo) da Crefisa, não passou da fase de grupos. Campeão da Copa do Brasil, o técnico Marcelo Oliveira foi demitido após resultados ruins nos três primeiros jogos da Libertadores. Cuca assumiu e melhorou o desempenho, mas não o suficiente para evitar o fim da linha.

    Sobre o adversário desta quarta (5), que coloca como um dos mais difíceis entre os que poderia enfrentar, Cuca prega a cautela.

    "Eles têm um time rápido, que espaça bem o campo e usa a velocidade. (...) Pelo que nos falaram, é um estádio grande, com cerca de 70 mil pessoas, e a cidade está respirando o jogo", disse.

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