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    Ceni admite "risco" como técnico, poupa diretoria e pede desculpas

    DE SÃO PAULO

    06/07/2017 19h21

    Divulgação/Paulo Pinto/saopaulofc.net
    Rogério Ceni
    Rogério Ceni dirigiu o São Paulo por 35 partidas, com aproveitamento de 50,5%

    Em sua primeira manifestação pública desde a demissão do cargo de técnico do São Paulo, Rogério Ceni poupou a diretoria de ataques nesta quinta-feira (6) e preferiu simplesmente pedir desculpas à torcida do clube.

    Demitido na segunda-feira (3), Ceni se despediu do elenco no dia seguinte, sem convocar jornalistas para um pronunciamento. Usou, então, as redes sociais para quebrar um silêncio de três dias, depois de ver o clube já anunciar Dorival Júnior como seu substituto, nesta quarta (5).

    "Infelizmente os resultados não vieram da maneira que esperava", disse. "Desculpem-me se falhei, mas o que me moveu nesse projeto foram os riscos para conquistar a glória."

    Em seu texto, o ídolo são-paulino não fez nenhuma menção à diretoria do clube do Morumbi, comandada pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

    Ao comentar a demissão do treinador, Leco isentou sua gestão de culpa pelo desempenho aquém do esperado da equipe e afirmou que havia feito uma aposta em um novato para o cargo.

    Ceni preferiu abordar o "risco" que assumiu ao aceitar uma proposta para dirigir o clube nesta temporada.

    A palavra foi usada cinco vezes em seu pronunciamento, lembrando inclusive o momento em que deixou Sinop, no Mato Grosso, em 1990, para tentar uma vaga na equipe, morando dois anos nos alojamentos abaixo das arquibancadas do Morumbi.

    "O risco e a incerteza já fazem parte de minha vida e, sendo sincero, do mundo do futebol", afirmou.

    O ex-goleiro disse que não teria assumido o cargo se não se sentisse preparado, depois de passar menos de um ano fazendo estudos e intercâmbio na Europa.

    Revelou ainda que, em sua última preleção, antes de derrota para o Flamengo no Rio de Janeiro pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, afirmou aos jogadores que "quem vence sem riscos, triunfa sem glórias".

    Nos primeiros meses de seu trabalho, o São Paulo apresentou um dos ataques mais prolíficos do futebol brasileiro.

    Depois de críticas e eliminações nas três primeiras competições do ano –Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana–, sua equipe mudou a abordagem, procurando acertar o sistema defensivo.

    O ataque, porém, parou de funcionar e hoje é o quarto pior do Brasileiro, com dez gols marcados em 11 partidas.

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