• Esporte

    Saturday, 04-May-2024 09:50:30 -03

    Campeonato Brasileiro - série b

    Após brigas entre torcidas, Paysandu é denunciado por homofobia no STJD

    DO UOL

    14/07/2017 19h41

    Cezar Magalhães/Agência Pará
    Torcida organizada do Paysandu exibe bandeira LGBT no estádio
    Torcida organizada do Paysandu exibe bandeira LGBT no estádio

    O Paysandu será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta de uma briga entre torcidas que teria sido provocada por conta de um ato de homofobia de uma delas. A confusão aconteceu no jogo do dia 30 de junho, contra o Luverdense, no estádio da Curuzu.

    Segundo o STJD, "integrantes da torcidas organizada do Paysandu, a Terror Bicolor, teriam agredido integrantes da torcida Banda Alma Celeste, organizada que se manifestou a favor da causa LGBT e que aboliu o grito de 'bicha', além de estender a bandeira LGBT nas arquibancadas".

    A Procuradoria destacou que as agressões foram represálias e tiveram como motivação atos discriminatórios por conta do posicionamento da Alma Celeste. Desta forma, o clube responderá ao artigo 243-G (praticar ato discriminatório), o que pode lhe render a perda de um mando de campo, a perda de três pontos e mais multa (R$ 100 a R$ 100 mil).

    Além disso, o Paysandu foi enquadrado no artigo 213, inciso I, parágrafo 1º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por não garantir a prevenção ou repressão das desordens. Pelo descumprimento do artigo, o clube paraense pode ser multado entre R$ 100 e R$ 100 mil e punido com perda de até 10 mandos de campo.

    O processo está na pauta da Terceira Comissão Disciplinar agendada para a próxima quarta-feira, dia 19 de julho, a partir das 15h.

    Já ciente da denúncia, o Paysandu publicou nota dizendo que o departamento jurídico já começou a preparar a defesa para o julgamento e que tem certeza que irá provar que não é um clube homofóbico.

    "A Diretoria Jurídica já começou a preparar a defesa do clube. O advogado Osvaldo Sestário e um dos advogados integrantes da Diretoria Jurídica do Paysandu farão a defesa do clube. A Diretoria Jurídica trabalha com tranquilidade e certeza de que irá provar que o Paysandu não é um clube homofóbico e que presta total apoio a manifestações de combate a todo e qualquer tipo de preconceito", diz.

    Por não relatar as ocorrências na súmula, o árbitro Jean Pierre foi também denunciado no artigo 266 e corre risco de suspensão por 30 a 360 dias, além de uma multa entre R$ 100 e R$ 1 mil.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024