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    Mercado aprofunda desequilíbrio entre conferências da NBA

    GIANCARLO GIAMPIETRO
    DE SÃO PAULO

    18/07/2017 02h00

    Andy Clayton-King/Associated Press
    Minnesota Timberwolves new point guard Jimmy Butler smiles during a press conference at Mall of America in Bloomington, Minn., on Thursday, June 29, 2017.(AP Photo/Andy Clayton-King) ORG XMIT: MNAK104
    Ala Jimmy Butler foi eleito um dos 15 melhores da temporada passada. Agora joga por Minnesota

    O período de transferências da NBA ainda está aberto, mas já se pode dizer que a disputa de poder pende mais para a Conferência Oeste.

    Três jogadores –ou 25%– que disputaram o Jogo das Estrelas em fevereiro deste ano pela seleção do Leste migraram para o outro lado.

    O ala Paul George, do Indiana Pacers, foi para o Oklahoma City Thunder, em troca pelo armador Victor Oladipo e o pivô Domantas Sabonis.

    O ala Jimmy Butler saiu do Chicago Bulls para o Minnesota Timberwolves em troca do armador Kris Dunn, do ala Zach LaVine e do ala-pivô Lauri Markkanen.

    Por fim, o ala-pivô Paul Millsap deixou o Atlanta Hawks a caminho do Denver Nuggets, por proposta de R$ 286 milhões por três anos.

    Entre os negócios ainda especulados, é possível ainda que um quarto All-Star, o ala Carmelo Anthony, troque o New York Knicks pelo Houston Rockets. Os Knicks tentam convencê-lo a ficar.

    A única estrela da liga a ir na contramão neste ano foi o ala Gordon Hayward, que saiu do Utah Jazz para o Boston Celtics, vice do Leste, aceitando uma oferta de R$ 407 milhões por quatro anos..

    O saldo dessas transações contraria quem esperava maior competitividade entre as conferências.

    Na temporada passada, as equipes do Oeste acumularam 42 vitórias a mais no confronto direto. Mas esse domínio vem de longe.

    Nos últimos 18 campeonatos, os times ocidentais levaram a melhor nesses duelos em 17 ocasiões. Só em 2009 os times do Leste venceram.

    Em termos de títulos, neste século, as franquias orientais foram campeãs seis vezes. Se excluirmos os times que tenham escalado o ala LeBron James, a conta cai para três. O Boston Celtics de 2008 seria o último.

    Esse desequilíbrio desperta um clamor para que o sistema de classificação aos playoffs seja revisto.

    "Isso definitivamente vem sendo discutido entre os jogadores agora. Existe uma certa inveja de quem está no Leste, nesse sentido", afirma o armador C.J. McCollum, do Portland Trail Blazers.

    Cresce a corrente que defende a ideia de que a divisão por conferências seja abolida. Neste caso, avançariam à segunda fase as 16 melhores campanhas, independentemente de sua localização.

    Até mesmo quem, em tese, pode se beneficiar pela fragilidade do Leste defende a mudança. "Ordenar os times de 1º a 16º é, sim, factível", disse Pat Riley, presidente do Miami Heat, que campeão da conferência em 2006, 2011, 2012, 2013 e 2014.

    O comissário da NBA, Adam Silver, porém, descarta essa mudança por ora.

    "Sei que para os torcedores essa ideia de jogarem os 16 melhores tem considerável apelo", disse. "No momento, nossa prioridade é ajustar nosso calendário para diminuir o desgaste, pensando na saúde dos jogadores. Uma alteração dessas poderia ter grande impacto nas distâncias das viagens, interferindo em nossos planos. Mas vamos estudar isso."

    A chegada de Paul George, Jimmy Butler e Paul Millsap ao Oeste deixa de imediato que o pelotão intermediário da conferência mais robusto.

    A luta por vagas nos playoffs fica mais imprevisível. Denver, com Millsap, e Minnesota, com Butler, acreditam que podem por fim a longo período fora da fase decisiva.

    Ao mesmo tempo, no Leste, Indiana, Chicago e Atlanta se veem em situação pouco promissora, sem reposição à altura para os atletas negociados. Os tês clubes disputaram os playoffs neste ano, e não há substitutos claros para ocuparem suas vagas.

    No total, as franquias da NBA já gastaram mais de R$ 6,5 bilhões em novos contratos. Desse montante, vínculo mais oneroso foi aquele firmado entre o Golden State Warriors e o armador Stephen Curry, que vai embolsar cerca de R$ 640 milhões pelos próximos quatro anos.

    Entre os brasileiros, destaque para a renovação do pivô Cristiano Felício, 25, com o Chicago Bulls. Ele agora vai ganhar mais de R$ 100 milhões nos próximos três anos.

    Editoria de Arte/Folhapress/Editoria de Arte/Folhapress
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