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    Copa do Brasil

    Santos pede anulação de jogo com Fla por suposta interferência de repórter

    DO UOL

    27/07/2017 17h06

    Divulgação/Ivan Storti/Santos FC
    Bruno Henrique tenta escapar de Rever; árbitro marcou pênalti no lance, mas voltou atrás
    Bruno Henrique tenta escapar de Rever; árbitro marcou pênalti no lance, mas voltou atrás

    O Santos enviou à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) um pedido de anulação da partida contra o Flamengo, pelo jogo volta das quartas de final da Copa do Brasil, na qual o time paulista venceu por 4 a 2 na quarta-feira (26), mas acabou eliminado por ter perdido o duelo de ida por 2 a 0

    A equipe alvinegra acusa uma interferência externa de Eric Faria, repórter da TV Globo, sobre a arbitragem de Leandro Vuaden.

    Além da carta à CBF, o Santos enviará um novo ofício ao (STJD) Superior Tribunal de Justiça Desportiva na sexta-feira (28). Na esfera judicial, o clube pretende apresentar suas evidências que assegura ter sobre as acusações. Segundo dirigentes santistas ouvidos pela reportagem, o clube ainda está juntando imagens (câmeras de segurança do circuito interno) para tentar provar a influência externa alegada.

    O lance polêmico foi o pênalti marcado por Vuaden aos 40 minutos do primeiro tempo, em disputa entre Réver e Bruno Henrique na área. Após cerca de um minuto, o juiz consultou o quarto árbitro, Flávio Rodrigues de Souza, e reverteu a marcação da penalidade.

    Veja vídeo

    O chefe da arbitragem, Marcos Marinho, cobrou provas de que houve interferência externa. "Se me mostrarem alguém cochichando no ouvido do árbitro, vamos lá investigar. Mas eu pago para ver",

    Segundo o Santos, a participação do quarto árbitro "teria sido provocada pelo repórter de campo, Sr. Eric Faria, da Rede Globo de televisão, que é elemento alheio ao certame, devendo se comportar como jornalista e não
    como torcedor de seu time do coração".

    "Reportar ao 4º árbitro sua impressão do lance após ver replay na televisão não é função nem atitude condizente com um jornalista esportivo. Esta ação repudiável foi testemunhada por dezenas de pessoas e pode ser
    constatada no vídeo da partida e em fotografias tiradas por outros veículos de mídia", continua o Santos no documento.

    Além da anulação do jogo, o Santos pediu à CBF a proibição de que repórteres fiquem na lateral do gramado durante os jogos e se comuniquem com a equipe de arbitragem; a punição ao trio de arbitragem da partida; e o descredenciamento de Eric Faria como repórter de campo.

    Segundo apurou a reportagem, o Santos ainda não apresentou nenhuma imagem que comprova a suposta interferência externa do repórter da Globo. O clube alvinegro se baseia apenas em relatos ouvidos por pessoas próximas ao banco de reservas do clube para fazer a alegação em questão e ainda faz buscas em imagens internas

    Em contato com a reportagem, Eric Faria afirmou que não quer se pronunciar sobre o caso. No Twitter, porém, o repórter chamou de "leviana" as acusações de que teria comunicado o quarto árbitro sobre o lance.

    "Alguns me acusam de ter falado com o quarto árbitro. Leviano. Mentiroso. Quem estava mais perto dele? O Levir Culpi. Cuidem de suas frustrações", escreveu.

    VUADEM NEGA INTERFERÊNCIA EXTERNA

    Em entrevista ao canal SporTV, o árbitro Leandro Vuaden negou que tenha sido influenciado por uma interferência externa ao anular a marcação do pênalti contra o Flamengo.

    "Que fique bem claro que não houve nenhuma interferência externa. Fico muito triste quando pessoas tentam adicionar alguma coisa ou contestar alguma decisão dizendo que houve interferência. Deixando bem claro o que aconteceu, no deslocamento houve um contato, e de forma tardia, acabo assinalando. Não estou 100% convicto, mas optei por tomar a decisão. A partir daí, houve um protesto, também estou com dúvida. Qual recurso que tenho? Por mais distante que esteja, o ângulo de visão do quarto árbitro é melhor que o meu. O que eu fiz, o que o futebol espera que seja feito, foi buscar uma informação no árbitro", disse.

    "Houve, de repente, precipitação minha em marcar. Faço mea-culpa. Poderia listar várias partidas em que acabei não marcando, acabei marcando. Isso como árbitro me deixa muito chateado, porque haveria uma interferência no jogo. Mas estou com a consciência tranquila, com sensação do dever cumprido, que é a mais importante. Não adianta querer atribuir a algum repórter. Foi exatamente isso que aconteceu", completou.

    CBF APROVA DECISÃO

    A CBF aprovou a não marcação do pênalti de Rever em Bruno Henrique. Em seu site oficial, a entidade máxima do futebol brasileiro disse não ter tido "nada a marcar" no lance.

    "Um jogador pode proteger a bola colocando-se entre um adversário e a bola desde que a bola se encontre em distância de disputa e o jogador não seja segurado com os braços ou corpo. Segue o jogo. Nada a marcar. Tiro de canto", disse a CBF.

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