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    Brasil supera Itália no vôlei feminino e conquista o 12º título do Grand Prix

    DO UOL

    06/08/2017 11h56

    Yang Lei/Xinhua
    Jogadoras comemoram após marcar ponto na final do Grand Prix, neste domingo (6)

    Parecia improvável há uma semana, mas neste domingo (6) o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio da edição 2017 do Grand Prix.

    Diante de uma reformulada Itália, a seleção brasileira feminina de vôlei venceu por 3 sets a 2 (26/24, 17/25, 25/22, 22/25 e 15/8) e conquistou o título pela 12ª vez -as italianas ainda não conquistaram nenhuma taça.

    A chegada das duas seleções à decisão parecia improvável. Depois de uma primeira fase complicada, o Brasil chegou a correr sérios riscos de ser eliminado na fase final. As comandadas de Zé Roberto só conseguiram a vaga na semifinal por causa da virada da China sobre a Holanda, depois de salvar quatro match points.

    Sem nunca ter conquistado o título, a Itália chegou ao torneio na China com um elenco bastante renovado, com boa parte das jogadoras com menos de 25 anos. A estrela da seleção era Paola Egonu, de apenas 18 anos. Forte no saque e alta no bloqueio (1,90m), a jovem promessa aparecia como principal desafio a ser superado pela seleção brasileira.

    E foi justamente Egonu o principal problema do primeiro set. A força da italiana nas paralelas e no saque fez com que a Itália assumisse a liderança do placar depois de estar cinco pontos atrás. Coube ao Brasil, então, mudar a estratégia: tentar ao máximo evitar o saque em cima de Monica De Gennaro, que constantemente optava pelo passe em Egonu.

    A estratégia deu resultado. As comandadas de Zé Roberto buscaram o empate e fecharam o set quando a mesma Egonu, deslocada para a esquerda, atacou para fora: 26 a 24 para a seleção brasileira.

    No segundo set, Egonu começou novamente sendo muito utilizada no ataque italiano. Desta vez, porém, a promessa de 18 anos tinha um apoio na dor de cabeça dada à seleção brasileira: Cristina Chirichella. A meio-de-rede era constantemente procurada nas jogadas ofensivas e foi peça fundamental na tranquila vitória italiana por 25 a 17.

    Depois de um segundo set abaixo, o Brasil começou o terceiro apresentando problemas na recepção. Com três pontos atrás no placar, Zé Roberto optou por colocar Rosa Maria em quadra para tentar corrigir o problema. A mudança, no entanto, pouco efeito surtiu e a seleção brasileira seguia sofrendo diante do forte jogo tático italiano -as rivais das brasileiras abriram 18 a 10 depois de uma sequência de oito pontos em nove.

    Aos poucos, o Brasil foi conseguindo voltar para a partida. As italianas passaram a errar mais do que haviam efeito até então.

    Quando Rosa Maria foi para o saque, uma sequência de dois pontos reduziu a vantagem italiana para somente um ponto. E a virada veio de um jeito emblemático: uma sequência de bloqueios sobre Egonu.

    O Brasil iniciou o quarto set, mais uma vez, apresentando problemas. Logo de cara, as italianas abriram cinco pontos de vantagem. No saque de Chirichella, a situação foi ficando pior e a Itália chegou a fazer 19 a 12 na parcial.

    Na parte final do set, a orientação de Zé Roberto era clara: obrigar a levantadora Malinov a procurar jogo em Egonu. Apesar do desempenho de destaque na partida, a jogadora de 18 anos começava a errar mais do que o normal e sentir a pressão de jogar uma final. A tática, porém, pouco teve resultado, com Malinov conseguindo facilmente trabalhar as jogadas com as centrais italianas. No fim, vitória da Itália por 25 a 22.

    Diferentemente do que ocorrera nos dois sets anteriores, o Brasil começou à frente no desempate. Com um erro de Paola Egonu, as comandadas de Zé Roberto abriram três pontos de vantagem sobre a Itália. O início ruim desestabilizou as italianas. O forte bloqueio já não incomodava como antes, e a vantagem brasileira só aumentava.

    Com seis pontos de vantagem, coube a Zé Roberto pedir calma às jogadoras durante o tempo técnico. E a orientação foi seguida à risca na parte final do tie-break. O time italiano se mostrava inseguro, enquanto o Brasil controlava a vantagem até fechar em 15 a 8.

    O título coroa uma nova geração da seleção brasileira. Para o Grand Prix, apenas três campeãs olímpicas foram convocadas: Adenízia, Tandara e Natália.

    Zé Roberto não pôde contar com Gabi e Thaísa, machucadas, e Dani Lins, grávida. Outro desfalque foi Fernanda Garay, que pediu dispensa da competição.

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