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    Sem jogar, Lugano acumula cartões e brinca sobre 'fugir para Cuba'

    GIANCARLO GIAMPIETRO
    DE SÃO PAULO

    16/08/2017 02h00

    Ronny Santos - 31.mai.2017/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 31-05-2017 - TREINO SAO PAULO - Lugano. Treino do Sao Paulo no CT Barra Funda. (Foto: Ronny Santos/Folhapress, VENCER) ***EXCLUSIVO AGORA *** EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA *** FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA AGORA *** FONES 3224 2169 * 3224 3342 ***
    O zagueiro Diego Lugano durante treino do São Paulo

    Depois de um duro período de derrotas do São Paulo, entre abril e maio deste ano, com eliminações no Paulista, Copa do Brasil e Sul-Americana, o zagueiro Diego Lugano, 36, encampou a negociação do "bicho" (premiação por vitórias) para jogos do Campeonato Brasileiro com o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva. A diretoria recebeu a interpelação de modo quase incrédulo.

    A propensão a topar –ou incitar– todo e qualquer debate é uma das principais características do jogador. Ela faz com que o uruguaio exerça influência considerável sobre o restante do elenco, ainda que não jogue muito.

    Com Rogério Ceni como técnico, havia uma regra: sempre que fosse jogar, a braçadeira de capitão seria sua.

    Papel que o jogador não deverá exercer por muito mais tempo. Seu contrato com o São Paulo vence ao final do ano. Isso, no entanto, não quer dizer que o futebol esteja no fim para o uruguaio.

    Enquanto ainda "desfruta" do esporte –que é o termo que gosta de utilizar–, o zagueiro seguirá jogando. Nem que seja na Indonésia.

    Durante prolongada negociação para renovar com o clube do Morumbi, Lugano recebeu sondagem de clube situado no arquipélago asiático. O país, cuja seleção nacional ocupa a 175ª posição no ranking da Fifa, tem tradição ínfima no futebol.

    Não importa. O uruguaio estava disposto a encarar essa jornada. O salário também se equiparava ao que recebia.

    Lugano costuma dizer que, enquanto se sentir bem fisicamente, seguirá envolvido com atividades em campo. Nem que precise inaugurar uma escolinha de futebol em Cuba, diz ele em tom de graça.

    A negociação para renovação de seu contrato se arrastou e foi fechada dias antes de o vínculo anterior expirar. Essa pendenga o deixou o bastante frustrado. A solução foi um acordo até o final do ano.

    A diretoria evitou o desgaste pelo descarte de um ídolo e conseguiu reduzir o salário do zagueiro em R$ 100 mil.

    Valor que deve ser reposto com a renda do jogo de despedida, aos moldes do que foi feito com Ceni em 2015.

    Lugano fez 25 partidas em 2016. Na atual temporada, foram apenas dez. Hoje, uma simples presença no banco de reservas já é uma batalha.

    O técnico Dorival Júnior tem seis estrangeiros à disposição no elenco. O limite para qualquer partida do Brasileiro é de cinco atletas nascidos fora do país. Na hora do corte, o treinador tem alternado entre ele e o lateral argentino Julio Buffarini.

    Houve partida que ele perdeu por culpa própria.

    Na vitória sobre o Vasco, em julho, o árbitro Wagner Reway o puniu com um cartão amarelo quando nem jogando estava. Como era o terceiro, foi suspenso. Na súmula, Reway relatou: "Reclamou verbalmente de maneira ostensiva quando estava realizando seu aquecimento atrás de um dos gols".

    Depois da suspensão, tomou mais dois cartões enquanto estava no banco de reservas. Na derrota para o Coritiba por 2 a 1 no Morumbi, Lugano reclamou do árbitro durante o jogo e foi advertido.

    Na vitória contra o Cruzeiro, por 3 a 2, no domingo (12), recebeu o cartão por ter invadido o gramado na comemoração do primeiro gol do São Paulo, feito por Hernanes, em cobrança de falta.

    Dos cinco cartões recebidos no Brasileiro, três foram dados ao jogador quando nem no campo estava.

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