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    Federação deposita salários atrasados na conta de atletas do Mogi Mirim

    LUIZ COSENZO
    ENVIADO ESPECIAL A MOGI MIRIM

    19/08/2017 02h00

    Diego Ortiz/O Popular
    O pagamento será dividido em duas parcelas; oito atletas já deixaram o clube por conta dos atrasos
    O pagamento será dividido em duas parcelas; oito atletas já deixaram o clube por conta dos atrasos

    "Aqui tem muito pai de família que precisa colocar o leite em casa e pagar as contas, que chegam a todo momento. É difícil viver quatro meses sem receber salário."

    A lamentação é do zagueiro do Mogi Mirim Emerson Feliciano de Barros, 34, mas poderia ser de vários jogadores do atual elenco do clube.

    Com salários atrasados que variam de um a sete meses, o clube do interior de São Paulo contou com a ajuda da FPF (Federação Paulista de Futebol) para quitar parte da dívida. A entidade adiantou parte da cota do time participação na Série A3 do Paulista de 2018.

    A Folha apurou que o pagamento será feito em duas parcelas, depositadas na conta dos atletas, inclusive do meia Cristian e do goleiro Márcio. Ambos foram afastados do elenco por liderarem movimento dos atletas que se recusaram a entrar em campo por falta de pagamento na semana passada, em jogo da Série C do Brasileiro.

    O primeiro depósito foi feito nesta sexta (18) e o segundo está programado para o dia 11 de setembro. O valor total adiantado será de R$ 100 mil.

    "Entendemos que a situação é difícil, mas precisávamos receber. Pedimos neste momento pelo menos um mês para terminar o campeonato", afirmou Emerson, que contou com a ajuda da sua mulher, Aline, para "não faltar nada em casa".

    Se o zagueiro não recebia há quatro meses, outros jogadores estão com salários atrasados há seis. São os casos do atacante Ruster, 20, do meia-atacante Vitinho, 19, e do zagueiro Vinícius, 23.

    Atualmente, o elenco do Mogi Mirim tem 22 jogadores.

    Ao menos oito atletas deixaram o clube devido aos atrasos no salário, como os goleiros Maringá e Poty, o zagueiro Diego, o volante Dudu, o lateral esquerdo Nicholas e os atacantes Nunes e Jarlyson, entre outros.

    "Recebíamos a promessa de que o salário seria pago, mas não era. Com isso, a cada reapresentação eu tinha um ou dois jogadores a menos no elenco. Eles pegavam as coisas e iam embora sem avisar", contou o técnico Marcelo Veiga.

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