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    Basquete masculino fica fora dos jogos Pan-Americanos pela 1ª vez na história

    GIANCARLO GIAMPIETRO
    DE SÃO PAULO

    29/08/2017 22h37

    Divulgação
    Copa america de basquete
    Má campanha na Copa América também custa à seleção vaga no Pan

    A má campanha da seleção brasileira masculina na Copa América de basquete não resultou apenas na eliminação logo na primeira fase do torneio. Deixou também a equipe fora dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez na história.

    A ausência da edição de Lima-2019 se explica pelo fato de a equipe não ter se inserido nem mesmo entre os sete primeiros da fase de classificação, entre 12 participantes.

    A seleção foi eliminada no Grupo A da Copa América, em Medellín, Colômbia, ficando atrás de México e Porto Rico. Ainda teria chance de garantir vaga no Pan como a melhor terceira colocada entre os três grupos do torneio. Não aconteceu.

    O Grupo B foi definido nesta terça-feira (29), em Bahía Blanca, Argentina, e a campanha do Canadá, que ficou em terceiro na chave, supera a brasileira. Ambas as equipes tiveram uma vitória e duas derrotas, mas o time da américa do norte leva a melhor no saldo de pontos, com -9, contra -30 do Brasil.

    Se a seleção não vem conseguindo resultados expressivos nas principais competições da modalidade, como Olimpíadas e Mundiais, ao menos no Pan o time se acostumou a ótimo desempenho. Os brasileiros venceram o torneio em quatro das últimas cinco edições, incluindo Toronto-2015.

    O retrospecto de medalhas na competição continental, aliás, vem de longa data. Em 17 edições do evento, a seleção foi ao pódio em 14 ocasiões –o mesmo número dos Estados Unidos. São seis medalhas de ouro, duas de prata e seis de bronze. Um desses ouros, histórico, teve aniversário de 30 anos comemorado em 23 de agosto : o de Indianápolis-1987.

    Na Copa América, porém, a seleção tem falhado nesta década. Caiu na fase de grupos pela terceira vez seguida.

    O Grupo C da atual edição ainda terá jogos na quarta (30), e equipes como o anfitrião Uruguai, Panamá e República Dominicana ainda podem ultrapassar o Canadá e ficar com a sétima vaga. Certo é que o Brasil não tem mais chances.

    "Disse antes da viagem que nosso desempenho ia depender muito do modo como a seleção se desenvolveria no treino e da concorrência que encontraríamos na Colômbia", afirmou à Folha o técnico César Guidetti, que dirigiu a seleção como interino. "Acho que o time começou a melhorar seu ritmo do meio para o fim do torneio. Foi tardio. Além disso, México e Porto Rico se apresentaram com jogadores de bom nível."

    Em sua convocação, Guidetti procurou equilibrar o grupo com jogadores jovens e veteranos. Em sua concepção, o torneio valeu também para se avaliar a reação dos atletas mais inexperientes com a camisa da seleção. "Serviu para ver quem responde a esse enfrentamento, a essa exposição. Deu para sentir isso. O jogo pela seleção é muito diferente", disse.

    A equipe nacional volta a jogar em 24 de novembro, contra o Chile, pelas eliminatórias para o Mundial de 2019. A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) ainda precisa definir uma comissão técnica para a disputa.

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