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O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, |
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Esporte
Tuesday, 07-May-2024 20:36:04 -03Alvo de operação, Nuzman tinha mais dinheiro em casa do que no banco
ITALO NOGUEIRA
DO RIO06/09/2017 15h30
O bloqueio nas contas do presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, indica que o dirigente mantinha mais dinheiro em vivo em casa do que em suas contas bancárias.
O Banco Central informou à Justiça Federal nesta quarta-feira (6) ter encontrado R$ 148,3 mil em cinco contas bancárias de Nuzman.
O valor é um terço dos R$ 480 mil em dinheiro vivo, em cinco moedas distintas, encontrados pela Polícia Federal na residência do cartola na deflagração da Operação Fair Play, deflagrada na terça (5).
A operação investiga o suposto pagamento de US$ 2 milhões para o senegalês Lamine Diack, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) na eleição que escolheu o Rio como sede da Olimpíada de 2016.
Operação Unfair Play Polícia Federal investiga compra de votos para escolha do Rio como sede olímpica Investigação contra Nuzman começou na França após denúncia de doping Atleta diz que ex-assessor de Paes pagou propina pela Olimpíada no Rio COI diz ter o 'mais alto interesse' em esclarecer suspeita de compra de votos Acusado de dar propina em eleição da Rio-16 levou quase R$ 3 bi de governo Nuzman é investigado sob suspeita de ter feito a "ponte" entre o esquema de corrupção do governo Sérgio Cabral e os membros do COI. A propina ao senegalês foi debitada, segundo a Procuradoria, da devida pelo empresário Arthur César de Menezes Soares, o "Rei Arthur", ao peemedebista. O empresário obteve mais de R$ 3 bilhões em contratos com o Estado.
O bloqueio de bens atendeu a um pedido do Ministério Público Federal para garantir o pagamento de danos morais coletivos em caso de condenação dos réus. Para os procuradores, o caso de corrupção provocou danos à imagem do país no exterior. O valor solicitado foi de R$ 1 bilhão.
O volume de dinheiro vivo foi um dos itens considerados suspeitos por procuradores durante a investigação. Relatório do Coaf apontou que foram feitos saques de R$ 1,4 milhão entre 2014 e 2015 nas contas do COB.
O Ministério Público Federal não solicitou o bloqueio de bens da empresa do NZ Palestra, que pertence ao dirigente esportivo.
O Banco Central informou ter bloqueado R$ 33,1 milhões em contas bancárias dos investigados na Operação Unfair Play e de suas empresas.
Quase a totalidade dos recursos foram encontrados em nome de companhias ligadas a Soares. Contudo, nenhum valor foi encontrado nas contas do empresário, atualmente foragido, nem nas de sua sócia Eliane Cavalcante, presa na terça (5).
Mais da metade do valor (R$ 17,4 milhões) foi bloqueado nas contas da Laborvida Laboratórios Farmacêuticos, ligada a Soares.
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