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    Atrasos preocupam Odepa para realização do Pan-2019, em Lima

    PAULO ROBERTO CONDE
    ENVIADO ESPECIAL A LIMA (PERU)

    15/09/2017 12h36

    Gloria Nieto-11.out.2013/Efe
    CAN57. TORONTO (CANADÁ), 11/10/2013.- La delegación de Lima (Perú), con la alcaldesa de Lima, Susana Villarán (c), celebra que Lima ha sido seleccionada como ciudad anfitriona de los Juegos Panamericanos 2019 hoy, viernes 11 de octubre de 2013, en Toronto (Canadá). Lima competía por la organización junto con las ciudades de Santiago (Chile), Ciudad Bolívar (Venezuela) y La Punta (Argentina). EFE/Gloria Nieto ORG XMIT: CAN57
    Delegação peruana comemora eleição para sede do Pan, em 2013

    A menos de dois anos de seu início, os Jogos Pan-Americanos de Lima são motivo de grande apreensão para o chileno Neven Ilic, presidente da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana).

    Os organizadores do evento têm inúmeros atrasos em obras importantes, como a Vila Pan-Americana, cuja pedra fundamental foi lançada apenas na quarta-feira (13).

    A instalação ficará ao sul da capital peruana, no distrito de Villa El Salvador. Segundo o presidente do comitê organizador do Pan, Carlos Neuhaus, a obra custará cerca de R$ 300 milhões e ficará pronta em fevereiro de 2019, cinco meses antes da abertura da competição (entre 26 de julho e 11 de agosto).

    O prazo é bastante apertado na visão de Ilic, que assumiu o comando da Odepa em abril após vitória em eleição em que um de seus concorrentes foi Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e do Comitê Rio-2016.

    "Atualmente, podemos dizer que os organizadores estão trabalhando muito bem, muito profissionalmente. Mas, obviamente, os prazos ficarão apertados, porque se perdeu um tempo importante, sobretudo quando é necessário fazer obras como construir uma Vila Pan-Americana", afirmou Ilic, 55, que acumula o cargo de mandatário do Comitê Olímpico do Chile.

    Além dos problemas de atraso devido à gestão, a condução das obras em Lima foi prejudicada em razão de inundação que ocorreu na cidade em março e deixou inúmeros desabrigados.

    Na época, partidos políticos pediram que o Peru abrisse mão de sediar o evento e que a Odepa adotasse um plano B. O presidente do país, Pedro Pablo Kuczynski, prontamente rebateu e disse que seria investido "tudo dentro do possível" na organização, porque perder o Pan seria uma "tragédia". Lima foi eleita para hospedar o Pan em 2013.

    Apesar do esforço dos peruanos após os problemas de enchentes, Ilic considerou que a situação é delicada. "Há pouco tempo até os Jogos, e isso significa que teremos de ficar em cima, empurrando e ajudando, para que eles aconteçam", disse.

    O dirigente chileno está presente a Lima para a sessão do COI (Comitê Olímpico Internacional), que entre outras coisas elegeu Paris e Los Angeles como sede dos Jogos Olímpicos de 2024 e 2028, respectivamente.

    Ele espera voltar à cidade daqui a dois anos com uma estrutura já erguida, embora saiba que haverá dificuldades até o último momento.

    "Nunca ficarei tranquilo até que os Jogos Pan-Americanos terminem. Quando eles acabarem, aí sim ficarei calmo. Até lá, estarei preocupado e atento", comentou.

    O Pan de Lima deverá receber cerca de 6.500 atletas de mais de 40 países. Para o Brasil, será um termômetro importante na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano seguinte.

    Em duas ocasiões o país recebeu a competição: em São Paulo, em 1963, e no Rio de Janeiro, em 2007.

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