De todos os jogadores irritados com a arbitragem de Wagner Nascimento Magalhães, nenhum são-paulino superou Rodrigo Caio. O zagueiro enumerou todos as marcações que considerou equivocadas e opinou que o juiz sempre entra pressionado quando o São Paulo entra em campo para enfrentar o Corinthians. Tudo isso por culpa da imprensa.

"A gente já está acostumado com isso, mas precisa mudar. A gente vê que a imprensa toda é corintiana, vê que muitas pessoas só falam a favor do Corinthians. O árbitro entra pressionado", disse o zagueiro, puxado em seguida pela assessoria de imprensa do clube para fora da sala onde estavam os jornalistas.

Ele reclamou do gol anulado no segundo tempo, quando foi marcada falta sobre Cássio antes de Militão cabecear. Comentou a ausência de critério na distribuição de cartões e deixou no ar a possibilidade de ter acontecido infração sobre Júnior Tavares na jogada do empate do Corinthians.

"Contra o Coritiba, na nossa casa, deram um pênalti vergonhoso para eles, em cima do Rildo", lembrou.

Se Rodrigo Caio não cravou falta em Júnior Tavares, Petros não deixou dúvidas:

"Se acontecem 50 lances como esse, são 50 faltas."

É a segunda rodada seguida que adversários do Corinthians reclamam da arbitragem. No domingo anterior (17), o gol da vitória sobre o Vasco foi feito com desvio de Jô na bola com o braço.

"Essas mãozinhas estão favorecendo muito o Corinthians", ironizou o meia Hernanes, que também alegou ter acontecido infração sobre Júnior Tavares.

Descontada a atuação do árbitro, o consenso foi que o São Paulo atuou melhor e deveria ter vencido o clássico. Para Petros, foi "uma aula de futebol". Dorival Júnior elogiou a questão tática.

"Mais uma vez, a gente deixa escapar um resultado que seria fundamental. Taticamente, foi partida quase perfeita. O São Paulo se dispôs a uma marcação, o Corinthians teve poucas infiltrações", definiu o treinador.