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    Em acordo verbal, Santos deu R$ 1 mi a Robinho para 'conquistar o elenco'

    DE SÃO PAULO

    29/09/2017 18h20 - Atualizado às 18h39

    Santos - 17.mar.2015
    Robinho comemora gol sobre o Londrina
    Robinho comemora gol pelo Santos no Campeonato Paulista de 2015

    Em reunião do conselho deliberativo na noite desta quinta (28), o presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, admitiu ter feito um acordo verbal para pagar R$ 1 milhão de luvas para Robinho em janeiro de 2015, assim ele permaneceria na Vila Belmiro.

    Cobrado por conselheiros, o dirigente disse ter tomado a atitude para passar imagem de que o clima era bom no clube, que na época devia salários para o elenco profissional, atravessava problemas financeiros e temia debandada de jogadores. A intenção, segundo o presidente, foi passar a imagem para os atletas de que estava tudo bem.

    Roma Júnior reconhece que deveria ter feito um contrato por escrito com o atacante.

    "Nós precisávamos conquistar o elenco. Mas deveríamos ter feito a formalização", disse o presidente santista.

    Com as luvas, a dívida de Robinho com o Santos chegou a R$ 4 milhões. O valor foi parcelado em acordo com o jogador.

    O dinheiro foi oferecido em janeiro de 2015, menos de um mês após o presidente ter assumido o cargo. O Milan (ITA), que tinha os direitos contratuais de Robinho, disse que não concordava continuar pagando parte dos salários do jogador para mantê-lo no Santos, como havia acontecido em 2014. Robinho sairia também, mas aceitou o R$ 1 milhão para continuar por mais seis meses.

    Com a presença do jogador revelado em 2002 pelo Santos, a equipe foi campeã paulista de 2015. Em seguida, ele foi para o Guangzhou Evergrande, da China.

    A reunião foi tensa, com conselheiros contradizendo afirmações do presidente e questionando porque um acordo verbal feito em janeiro de 2015 foi contabilizado mais de dois anos depois. Em 9 de dezembro, acontece eleição no clube que vai definir o novo mandatário.

    No primeiro semestre do ano, o Santos fechou com déficit de R$ 43,5 milhões e isso irritou alguns conselheiros da oposição, especialmente quando Roma Júnior disse não poder responder todos os detalhes das contas feitas pela comissão fiscal. A venda do volante Thiago Maia para o Lille (FRA) e a porcentagem que o clube pleiteia referente à venda de Neymar do Barcelona (ESP) para o Paris Saint-Germain (FRA) não estão computados. Se estivessem o déficit seria de cerca de R$ 30 milhões.

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