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    Com equipe reduzida, ginastas do Brasil disputam Mundial do Canadá

    EDUARDO GERAQUE
    DE SÃO PAULO

    03/10/2017 02h00

    Rebecca Blackwell/Associated Press
    Arthur Zanetti na final das argolas durante os jogos do Rio, prova em que o brasileiro ganhou a prata
    Arthur Zanetti na final das argolas durante os jogos do Rio, prova em que o brasileiro ganhou a prata

    Com cinco atletas, uma delegação enxuta em relação aos mundiais do último ciclo olímpico, a ginástica artística do Brasil inicia nesta terça-feira (3) no Mundial de Montreal sua campanha para os jogos de Tóquio-2020.

    Na Rio-2016, a modalidade fez história, com a conquista de três medalhas e a participação, pela primeira vez, na final masculina por equipes.

    Por causa de contusões e da estratégia da comissão técnica de levar apenas atletas com chances de final, o Brasil terá três participantes no masculino e, talvez, duas ginastas nas provas femininas.

    A revelação Thaís Fidelis, 16, está confirmada. Enquanto Rebeca Andrade, 18, sentiu dores no joelho direito nos treinos no fim de semana e virou dúvida para as provas.

    Pelo regulamento, cada país tem direito de inscrever quatro mulheres e seis homens no campeonato.

    Os representantes do masculino vão competir na fase classificatória a partir das 10h30 (horário de Brasília). As mulheres entram no ginásio olímpico nesta quarta (4).

    Caio Souza, 24, é o único brasileiro que disputará em todos os aparelhos para tentar uma vaga na final.

    Arthur Zanetti, 27, recuperado de uma cirurgia no ombro, vai competir apenas nas argolas, sua especialidade. Na prova, ele conquistou o ouro olímpico em Londres-12 e a prata na Rio-16.

    Arthur Nory, 24, vai buscar suas notas no solo, onde ganhou bronze na Rio-16, e na barra fixa, onde também costuma ter bons rendimentos.

    A decisão do Brasil de levar uma equipe reduzida é diferente dos grandes países da ginástica, como Estados Unidos, que costumam viajar com times completos, com jovens talentos, para que eles ganhem experiência.

    O próprio Brasil, antes dos jogos do Rio, quando tinha mais recursos, optou por levar times muitas vezes completos aos mundiais, entre 8 a 16 competidores, contando atletas titulares e reservas.

    A Confederação Brasileira de Ginástica nega que a diminuição nos investimentos pós Rio-16 tenha atrapalhado o envio de atletas ao Canadá.

    Hilton Dichelli Junior, treinador de ginástica no Esporte Clube Pinheiros, vê como correta a nova estratégia brasileira. Segundo ele, foram feitas várias avaliações e ficou preestabelecido que quem não atingisse os índices necessários não iria.

    "Os atletas mais bem preparados estão representando a seleção. É o início do ciclo olímpico, quem não atingiu o índice provavelmente vai atingir", diz Dichelli Junior.

    Segundo ele, o maior objetivo precisam ser os próximos mundiais, de 2018 e 2019, que passam a ser classificatórios para Tóquio.

    Os torneios são disputados anualmente, exceção feita em ano de Olimpíada, quando eles não ocorrem. As primeiras competições depois dos Jogos não tem disputas por equipes. Só individuais.
    desfalques

    Em anos depois da Olimpíada é normal que alguns dos ginastas descansem. É o caso da americana Simone Biles, considerada uma das atletas mais perfeitas de todos os tempos. A maior campeã mundial da história, aos 19 anos, resolveu tirar um ano sabático depois de ganhar quatro ouros e um bronze no Rio.

    No masculino, o atleta japonês Kohei Uchimura, que faturou todos os títulos mundiais na disputa geral desde 2009, vai tentar mais um. Ele tem como principal rival Oleg Verniaiev, da Ucrânia, prata no Rio. O europeu quase destronou o ginasta do Japão nos Jogos de 2016.

    No time do Brasil, quase todos os desfalques são por causa de lesões. Francisco Barreto Júnior sofreu uma contusão há mais de um mês e foi cortado. Diego Hypólito, 31, prata no solo na Rio-16, também está contundido.

    No feminino, Flavia Saraiva, 18, e Jade Barbosa,26, estão com lesões. Daniele Hypólito, 33, que tem como meta Tóquio, não foi convocada.

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