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    Argentina empata com o Peru, termina a rodada em 6º e pode não ir à Copa

    DE SÃO PAULO

    05/10/2017 22h46

    Victor R. Caivano/Associated Press
    Argentina's Lionel Messi walks on the pitch in disbelief after a World Cup qualifying soccer match against Peru, at La Bombonera stadium in Buenos Aires, Argentina, Thursday, Oct. 5, 2017. Argentina played Peru to a 0-0 draw leaving them with little possibility to make it to the World Cup in Russia. (AP Photo/Victor R. Caivano) ORG XMIT: VC129
    Messi lamenta oportunidade perdida pela seleção argentina no empate com o Peru

    A Argentina, que tem um dos maiores atacantes da história do futebol, está a 90 minutos de não ir à Copa do Mundo por não conseguir fazer gols.

    Cada vez mais dependente de Lionel Messi e sem padrão tático, a equipe empatou em 0 a 0 com o Peru nesta quinta (6), em Buenos Aires, pelas eliminatórias. Terminou a penúltima rodada na sexta posição.

    Classificam-se para a Copa da Rússia os quatro primeiros. O quinto disputa a repescagem em duas partidas contra a Nova Zelândia.

    A Argentina não venceu os últimos quatro jogos. Foram três empates e uma derrota. No período, fez um gol, marcado contra pelo zagueiro Feltscher, da Venezuela.

    Com 16 gols em 17 rodadas, a Argentina tem o segundo pior ataque das eliminatórias. São dois gols a mais que a Bolívia, a seleção que menos marcou.

    Na última rodada, na próxima terça (10), a equipe visita o Equador, em Quito. Se vencer, garante pelo menos a disputa da repescagem.

    A classificação do torneio está embolada. A diferença do 3º colocado (Chile) para o 7º (Paraguai), é de dois pontos (26 a 24).

    Nos dias antes do jogo, a Argentina usou todos os artifícios extra-campo para voltar a vencer. Apelou ao nacionalismo dos torcedores. Levou a partida para La Bombonera, estádio do Boca Juniors, a equipe mais popular do país, onde a torcida fica mais próxima do campo.

    O técnico Jorge Sampaoli fez mudanças na equipe e deixou fora Dybala, um dos atacantes mais caros do futebol mundial.

    Nada deu certo. A Argentina repetiu seu esquema tático imutável, repetido desde o vice-campeonato da Copa do Mundo de 2014: dar a bola para Lionel Messi e esperar que ele resolva a partida em uma jogada.

    TENTATIVA

    O atacante do Barcelona, cinco vezes eleito o melhor do mundo, tentou e por pouco não conseguiu. Criou do nada oportunidade em que quase acertou chute no canto esquerdo. Depois colocou lançamento na cabeça de Benedetto na pequena área.

    Este foi outra aposta. Com a fratura na costela de Kun Aguero e a não convocação de Higuaín, Benedetto foi escolhido, em parte, por ser artilheiro do Boca Juniors, dono do estádio onde seria realizado o jogo.

    Para ajudar a pressão, a AFA (Associação de Futebol Argentino) deu ingressos para a 12, a mais famosa torcida organizada do país.

    O Peru atuou com paciência. Trancou-se na defesa e esperou o espaço para organizar um ataque que mandaria os nervos dos donos da casa para o espaço.

    Sem um meia de criação e com toques laterais, a Argentina não sabia como furar o bloqueio rival. Acuña, perigoso no empate com a Venezuela, não tentava jogadas individuais para fazer cruzamentos na área. Livrava-se da bola assim que a recebia, a entregando a quem estivesse mais perto.

    Di María foi uma figura fantasma., vista apenas reclamando da arbitragem do brasileiro Wilton Sampaio. No intervalo, acabou substituído por Emiliano Rigoni.

    Também houve o azar. Sampaoli colocou em campo o volante Fernando Gago na etapa final para acelerar a troca de passes. Cinco minutos após ter entrado, ele lesionou o joelho.

    Messi passou o 2º tempo tentando cumprir o seu papel de salvador. Mas não era sua noite, como não tem sido pela seleção argentina nos últimos anos. Seus chutes batiam nos zagueiros e as chances que criou, deixando Gòmez, Benedetto e Rigoni na cara do gol. Todas foram desperdiçadas por um ataque que pode não ir à Rússia por não saber fazer gols.

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