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    MPF pede que prisão de Nuzman seja prolongada por tempo indeterminado

    DO UOL

    09/10/2017 16h59

    Ian Cheibub/Folhapress
    RIO DSE JANEIRO , RJ , 05.10.2017 , BRASIL , A Polícia Federal prende Presidente e ex-diretor do Comitê Olímpico, Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner.Crédito Ian Cheibub / Folhapress ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Carlos Arthur Nuzman chega à Polícia Federal, no Rio, ao ser preso por envolvimento em esquema

    O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF) pediu nesta segunda-feira (9) ao juiz federal Marcelo da Costa Bretas que a prisão provisória de Carlos Arthur Nuzman, que vence ainda hoje, seja convertida em preventiva.

    Assim, o dirigente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que pediu afastamento da presidência da entidade, ficaria preso em Benfica por prazo indeterminado.

    O mesmo pedido vale para o seu braço-direito, o ex-diretor de operações do Comitê Rio-2016 Leonardo Gryner.

    Ao mesmo tempo, a defesa de Nuzman aguarda para esta segunda-feira a resposta do desembargador federal Abel Federal a respeito de um pedido de habeas corpus impetrado no último sábado (7).

    A vara só abriu às 12h, o que postergou a decisão. A favor dele, o fato de ter pedido afastamento não só da presidência do COB, mas também do Comitê Rio-2016.

    Nuzman foi preso em casa na última quinta-feira, durante a segunda fase da Operação "Unfair Play". No pedido de prisão provisória, os procuradores federais apontaram que o dirigente do COB vinha tentando atrapalhar as investigações.

    Argumentaram, para isso, que ele declarou à Receita Federal a posse de 16 quilos de ouro em barras só depois de policias federais colherem em sua casa a chave do cofre onde o ouro estaria guardado na Suíça.

    A defesa de Nuzman argumenta, porém, que a retificação do Imposto de Renda foi feita dentro da lei e ressalta que Nuzman, como presidente do Rio-2016, não tinha poder de decisão. Qualquer contratação acima de R$ 300 mil como as citadas na denúncia precisava ser aprovada por um Conselho Diretor.

    Nuzman tentou pagar o escritório de advocacia que o defende, o Nélio Machado Advogados, com recursos Comitê Rio-2016.

    A conta de R$ 5,5 milhões foi apresentada ao Conselho Diretor há cerca de duas semanas e rejeitada. Ou seja: segundo a assessoria de imprensa do comitê, este não aceitou pagar a contar, que ficou a cargo do próprio Nuzman.

    Sair ou não da cadeia antes de quarta-feira pode ser decisivo para o futuro político de Nuzman, que na sexta-feira apresentou um pedido de afastamento do COB. Na quarta-feira, a assembleia do COB se reúne no Rio para acatar o pedido, que pode se tornar um afastamento definitivo.

    Paulo Wanderley, eleito vice-presidente em chapa conjunta no ano passado, já assumiu o COB de forma provisória e dá indícios de querer se manter no cargo sem o risco de um retorno de Nuzman.

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