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    Juiz revoga prisão temporária de braço-direito de Nuzman

    DO RIO

    13/10/2017 18h24 - Atualizado às 19h24

    Jotta de Mattos/Photo Press/Folhapress
    Leonardo Gryner foi preso por suspeita de intermediar a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016
    Leonardo Gryner foi preso por suspeita de intermediar a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016

    O juiz Marcelo Bretas revogou nesta sexta-feira (13) a prisão preventiva contra Leonardo Gryner, ex-diretor do comitê organizador Rio-2016. Ele é um dos investigados no caso da propina para escolha da cidade como sede dos Jogos.

    Gryner será solto após o COB (Comitê Olímpico do Brasil) entregar todos os e-mails da ex-secretária de Nuzman, Maria Celeste. O Ministério Público Federal apontava a ausência dessas mensagens como a razão para manter Gryner preso, a fim de impedir interferência nas investigações.

    Ele ainda não havia saído da cadeia pública José Frederico Marques até a publicação desta nota.

    Celeste recebeu em seu e-mail cobranças de pagamento de Papa Massata Diack, filho do senegalês Lamine Diack, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional). As investigações apontam que ele recebeu ao menos US$ 2 milhões para votar no Rio como sede dos Jogos da Olimpíada.

    O Ministério Público Federal afirma que as mensagens indicam que "os pagamentos não se limitaram a US$ 2 milhões [pagos em setembro], tendo havido pagamentos subsequentes".

    Em 26 de novembro de 2009, Gryner havia enviado um e-mail para Massata Diack afirmando que "como eu disse a você em Copenhague, nós temos um patrocinador diferente para essa última porção".

    "Esse patrocinador está tendo problemas com essa transferência e estamos tentando ajudar ele", escreveu Gryner.

    O ex-diretor do comitê organizador foi preso no dia 5 em desdobramento da Operação Unfairplay. Ele teve a prisão temporária renovada cinco dias depois porque o COB ainda não havia dado acesso aos e-mails de Celeste.

    Nuzman segue preso preventivamente, sem data para sair da prisão. Ele teve habeas corpus negado no Tribunal Regional Federal.

    OUTRO LADO

    A defesa de Gryner nega que o ex-diretor da Rio-16 tenha participado do pagamento de propina a Diack. Os advogados afirmam que os e-mails identificados pela Procuradoria não contém informações que incriminem seu cliente.

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