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    Ex-presidente de banco liquidado por prejuízos assume Comitê do Rio-2016

    SERGIO RANGEL
    DO RIO

    17/10/2017 20h04

    Renato Costa/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 29/08/2016,O presidente em exercício, Michel Temer, ao lado do presidente do Comitê Organizador Jogos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman (d), recebe os medalhistas e atletas olímpicos que disputaram os Jogos Olímpicos do Rio, neste mês, em evento no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta segunda-feira, 29:. (Foto: Renato Costa/Folhapress, PODER)
    Edson Menezes era presidente do Banco Prosper, liquidado pelo Banco Central

    Ex-presidente do Banco Prosper, Edson Menezes será o presidente em exercício do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio.

    A decisão foi tomada nesta terça (17) pelos conselheiros na primeira reunião do órgão realizada após a prisão de Carlos Arthur Nuzman.

    Menezes é o primeiro vice do comitê e vai poder ocupar o cargo por até 180 dias.

    As empresas que têm dívidas para receber do órgão reagiram com frieza à opção dos conselheiros pelo ex-presidente do banco, liquidado pelo Banco Central em 2012.

    Na época, de acordo com o BC, a liquidação do Banco Prosper ocorreu por causa de "sucessivos prejuízos que vinham expondo seus credores a risco anormal, a deficiência patrimonial e a descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro".

    Com mais de R$ 100 milhões para receber, os credores gostariam que a empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza, fosse a substituta de Nuzmam.

    Luiza também é conselheira do comitê, assim como o ex-jogador Bernard Rajzman, Manoel Felix Cintra Neto (ex-presidente da BM&F) e José Antônio do Nascimento Brito (ex-presidente do Conselho Editorial do "Jornal do Brasil"), além de Menezes.

    Amigo de Nuzman, o ex-presidente do Banco Prosper já ocupava interinamente a função.

    O ex-presidente do comitê foi preso no Rio no dia 5 sob suspeita de ter feito a "ponte" entre o esquema de corrupção do governo Sérgio Cabral (PMDB) e os membros do COI na escolha do Rio em 2009 para receber os Jogos Olímpicos.

    A dívida com fornecedores é o maior problema do comitê, que não tem nenhuma receita expressiva para receber. Nuzman tentava convencer, sem sucesso, a Prefeitura do Rio, o Governo do Estado, o governo federal e o COI a pagar o rombo. Com o dirigente preso, o acerto da dívida ficou ainda mais distante.

    Só a GL Events, que forneceu instalações para os Jogos, cobra R$ 52 milhões do comitê organizador na Justiça.

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