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    Maior posse de bola trava o Corinthians no segundo turno

    DE SÃO PAULO

    29/10/2017 02h00

    Luis Moura/WPP/Folhapress
    Jadson, jogador do Corinthians, durante partida contra o time do Linense, valido pela decima segunda rodada do Campeonato Paulista, no estadio Arena Corinthians em Itaquera. ( Foto : Luis Moura / WPP). *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    O meio-campista Jadson, do Corinthians, caiu de rendimento durante o segundo turno do Brasileiro

    O Corinthians enfrenta a Ponte Preta neste domingo (29), às 17h, em Campinas, em busca de uma resposta: o que aconteceu a partir do início do segundo turno?

    O time, antes virtual campeão nacional, caiu de rendimento e viu rivais se aproximarem. Faltam nove rodadas para o fim do torneio.

    Análise das estatísticas dos 30 jogos da equipe no Brasileiro mostra uma mudança importante: a posse de bola.

    Nos jogos do primeiro turno, na média, o Corinthians ficava menos com a bola, mas vencia. No returno, passou a controlar mais os jogos e sair de campo sem três pontos.

    O implacável Corinthians, dono da melhor campanha do primeiro turno da história do Brasileiro em pontos corridos, vive momentos de ansiedade em campo.

    O técnico Fabio Carille já reclamou de outras mudanças. Lamentou gols sofridos em bolas aéreas. "Estamos errando mais passes do que antes", observou o treinador.

    Na verdade, não. Na média do primeiro turno, quando obteve 14 das 17 vitórias até agora, o Corinthians errou 46,6 passes por jogo. A partir da 21ª rodada, foram 45,6.

    Na posse de bola, o Corinthians tinha 50,7%. No segundo turno, passou para 55,4%.

    Este aspecto fica mais forte quando analisado dentro dos resultados gerais. Nas 17 partidas em que venceu, o Corinthians teve a bola nos pés, em média, por 49,4% do tempo. Nas rodadas em que empatou ou perdeu, o número sobe para 56,4%.

    "Temos de controlar a ansiedade. Não dá para antecipar as coisas. É preciso viver uma situação de cada vez", afirmou Jô, usando a explicação do nervosismo.

    Ele já havia citado a questão das chances criadas, que não estariam no mesmo nível de antes. Outra opinião que não se sustenta. No primeiro turno, em média, a equipe finalizou 11,4 vezes em média. Depois disso, são 11,9.

    "A gente sabe da condição dos que vão a campo. A queda de rendimento é do time. A bola tem de chegar com qualidade. [Os meias] precisam recebê-la em posição melhor para definir e armar. É conjunto", avaliou Carille.

    O Corinthians do segundo turno faz mais cruzamentos do que o do primeiro na média (26 a 20), acerta mais passes (498 a 401) e mantém o mesmo número de desarmes (16). Este último item havia sido apontado por Gabriel como uma das mudanças no comportamento da equipe.

    CONTRA-ATAQUE

    A abdicação dos adversários de atacar e a preferência por esperar o Corinthians tomar a iniciativa (e ficar mais com a bola) atrapalha os planos de jogo de Carille.

    Para piorar, a mudança de atitude coincidiu com a má fase dos meias. Rodriguinho e Jadson não mantiveram o nível do primeiro turno.

    "É um momento de instabilidade. Mas, se existe uma pessoa que sempre acredita, sou eu", disse o técnico.

    Carille manterá a dupla de armadores contra a Ponte.

    Com a escalação que deverá entrar em campo, o Corinthians não perdeu no Brasileiro deste ano: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Arana; Gabriel, Maycon, Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô.

    Se o Corinthians perder, o Palmeiras terá a chance, nesta segunda (30), de reduzir a vantagem para três pontos. As duas equipes se enfrentarão dia 5, no Itaquerão.

    NA TV
    Ponte Preta x Corinthians - 17h, Globo

    Editoria de Arte/Folhapress
    CORINTHIANS MUTANTE Time teve mais posse de bola no segundo turno

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