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    Campeonato Brasileiro 2017 - Série A

    Reta final do Brasileiro pode mudar os planos do Santos para Elano em 2018

    ALEX SABINO
    DE SÃO PAULO

    07/11/2017 02h00

    Guilherme Dionizio
    ESPORTES - FUTEBOL/TREINO DO SANTOS - O técnico Elano, do Santos, durante treino preparatorio para o jogo contra o Atlético-MG válido pelo Campeonato Brasileiro 2017. O treino foi realizado no CT Rei Pelé, em Santos-SP, na tarde desta quarta-feira (1). 1/11/2017 (Foto: GUILHERME DIONIZIO) ***PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS***
    Elano foi alçado à técnico a partir do jogo contra o Atlético-MG, na Vila Belmiro

    O caminho de Elano no Santos estava traçado. Em 2017, ele seria auxiliar de Levir Culpi. Continuaria na comissão técnica em 2018 e estudaria para tirar as licenças de técnico. No ano seguinte, seria o técnico da equipe.
    Era esse o plano do presidente Modesto Roma Júnior, que tenta a reeleição no pleito do próximo mês.

    Mas aliados do dirigente já o questionaram: e se o Santos for campeão brasileiro sob o comando do interino, alçado ao cargo após a demissão de Levir? O presidente respondeu que, neste caso, não teria como preterir Elano.

    "Queremos que 2018 seja um ano de aprendizado para ele. Vai continuar no clube", diz Roma Júnior.

    A licença para quem quiser trabalhar como técnico no Brasil será obrigatória a partir de 2019.

    No primeiro jogo após a demissão de Levir Culpi, o Santos venceu o Atlético-MG 3 a 1. Está a seis pontos do líder Corinthians a seis rodadas do fim do campeonato.

    No Brasileiro, Elano tem 100% de aproveitamento. Havia dirigido o time duas vezes após a queda de Dorival Júnior e obteve seis pontos: venceu Botafogo e Atlético-PR.

    Como jogador, ele fez parte de dois títulos nacionais do Santos, em 2002 e 2004. Neste último, estava no elenco que virou a tabela contra o Atlético-PR. Assumiu a liderança na penúltima rodada e foi campeão. Mas o time jamais conseguiu reverter uma vantagem como a que o Corinthians tem a seis jogos para o final. Em 2004, estava dois pontos atrás do clube paranaense.

    "O campeonato está aberto. Há um clima de amizade. Joguei com o Ricardo Oliveira, com o Renato... Isso me ajuda bastante", avalia.

    No curto prazo, a estratégia de Elano foi fazer um pacto de cumplicidade com o elenco. Foi o que pediu a Lucas Lima, por exemplo, antes criticado pela torcida por falta de vontade. O treinador (que chegou a ser vaiado também quando era jogador do Santos), pediu empenho.

    "O que você quiser fazer depois disso, é problema seu. Mas preciso que você jogue essas partidas", pediu.

    Isso não foge à fórmula de Levir Culpi, que também buscava conquistar o elenco. Mas Elano cortou o que a diretoria considerava excesso de folgas dadas pelo antecessor. Após cada partida, os atletas ficavam dois dias em casa.

    Após a vitória sobre o Atlético-MG no sábado (4), o elenco teve apenas o domingo de descanso. Também deu chance a Rodrygo, 16, outra reivindicação de dirigentes e apontado como revelação das categorias de base.

    De acordo com Modesto, Elano será o responsável pelo planejamento da equipe em 2018. mesmo que não seja o técnico. O presidente está propenso a tentar fechar um acordo para que Robinho volte à Vila Belmiro e Elano pode ter papel importante de convencimento. Os dois atuaram juntos no Santos e seleção brasileira.

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