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    Manobra que deu a atletas só 5 votos na assembleia do COB é golpe, diz Raí

    PAULO ROBERTO CONDE
    DE SÃO PAULO

    22/11/2017 19h12

    Zanone Fraissat/Folhapress
    SÃO PAULO/SP-BRASIL, 19/07/2017 - Entrevista com o ex jogador Rai que coordena um pacto entre patrocinadores e federacoes esportivas para que elas sigam a lei do esporte.( Foto: Zanone Fraissat - Folhapress / MERCADO)***EXCLUSIVO***
    O ex-jogador de futebol Raí em entrevista à Folha, em setembro

    Diretor-presidente da ONG Atletas pelo Brasil, o ex-jogador Raí, 52, classificou como "absurda", "arbitrária" e "golpe" a impugnação do voto do representante da Confederação Brasileira de Rugby, o que impactou a decisão quanto ao número de atletas na assembleia geral do Comitê Olímpico do Brasil.

    Ele disse que irá "até as últimas consequências" e pode acionar a Justiça para rever a decisão.

    "Foi um absurdo. Não o resultado em si. Mas a maneira arbitrária e de má-fé que fizeram para cancelar o voto. Só mostra o grau de arbitrariedade que existe dentro do COB", afirmou.

    A Atletas pelo Brasil participou do processo de reforma do estatuto e fez visitas à sede do comitê. Ela reivindicava que os atletas tivessem ao menos 1/3 da presença das confederações na assembleia, ou seja, cerca de 12 membros.

    "O que aconteceu foi uma traição, um golpe pelas costas. Incluindo o presidente Paulo Wanderley, que se absteve ao não se posicionar. Foi uma covardia", complementou.

    Segundo Raí, sua organização já está fazendo um estudo jurídico para tomar medidas cabíveis. "Estamos dispostos a ir até as últimas consequências."

    Outra ONG que participou do debate, a Sou do Esporte também repudiou o cancelamento do voto de Eduardo Mufarej, cartola da confederação de rúgbi.

    "Infelizmente, 15 entidades que votaram contra o aumento da participação dos atletas, ancorados a justificativas de que a participação de '1 para 5 representa um aumento de 500%', e mais falácias narrativas agregadas, além de nem sequer contemplarem árbitros e técnicos na discussão, persistem em estabelecer a mordaça como ferramenta para prevalecer suas ideias", disse, em comunicado.

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