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Saturday, 04-May-2024 04:01:30 -03Ministério Público boliviano estende investigação de acidente da Chape
DE SÃO PAULO
27/11/2017 17h35
O Ministério Público da Bolívia anunciou na segunda-feira (27) que estenderá por mais seis meses a investigação envolvendo a queda do avião da Chapecoense, em 29 de novembro de 2016, nas cercanias de Medellín (COL).
A aeronave que caiu no Cerro Gordo e fez 71 vítimas fatais era operada pela companhia boliviana LaMia.
"Devido à complexidade do caso, pedimos ao juiz cautelar uma ampliação do prazo, e isso nos foi concedido", afirmou em entrevista coletiva Freddy Larrea, promotor da região de Santa Cruz de La Sierra, de onde partiu o voo.
Larrea não descartou incluir nas investigações os venezuelanos Ricardo Albacete e sua filha Loredana Albacete, que são acusados de serem os verdadeiros donos e acionistas majoritários da companhia que deixou de operar desde o acidente.
"Se for necessário chamar mais pessoas para depor, assim o faremos", afirmou.
O jornal boliviano "El Deber" publicou uma série de áudios e documentos provando o elo entre os venezuelanos e a companhia. As provas obtidas pela publicação passaram por uma perícia do Instituto de Investigações
Técnicas Científicas da Universidade Policial, órgão ligado ao MP boliviano.A família Albacete dirigia a empresa através da administradora Miriam Flores e do diretor-geral, o boliviano Gustavo Vargas Gamboa ""única pessoa da companhia que foi presa até o momento. Todos os áudios divulgados são anteriores ao acidente.
As provas passarão por uma nova análise dos fiscais anticorrupção do Ministério Público para que seja emitido um relatório final.O promotor disse que solicitou informes sobre dois aviões confiscados, pertencentes a Ricardo Albacete e avaliados em US$ 60 milhões (R$ 194 milhões). Estas aeronaves têm a logomarca da LaMia e foram apreendidas semanas após o acidente.
Elas não podiam voar por falta de licenças desde 2014 e estão lacradas em um hangar em Cochamba (BOL).
Larrea afirmou também que já pediu à Interpol que inclua em sua lista de procurados internacionais Celia Castedo, ex-inspetora de voo da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea).
Ela, que assinou o documento autorizando o plano de voo da LaMia, está refugiada em Corumbá (MS) desde dezembro do ano passado.Também será incluído na lista da Interpol o piloto Marco Antonio Rocha Benegas, que nunca se apresentou para prestar depoimento às autoridades bolivianas.
Ele era um dos sócios da LaMia e seu paradeiro é desconhecido desde dezembro.
No domingo (26), reportagem da Folha mostrou que um ano após o acidente ainda não há um laudo final por parte das autoridades colombianas apontando todos os motivos e os responsáveis pela queda da aeronave.
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