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    Polícia prende membros de torcidas do Rio; dirigentes são investigados

    DO UOL, EM SÃO PAULO

    01/12/2017 08h41 - Atualizado às 15h14

    Rafael Andrade - 05.dez.2010/Folhapress
    Torcida do Fluminense
    Torcida do Fluminense

    Uma operação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e do Ministério Público com o Juizado Especial do Torcedor está nas ruas na manhã desta sexta-feira (01) para cumprir mandados contra dirigentes de times e integrantes de torcidas organizadas do Rio de Janeiro. 

    Segundo informações da "TV Globo", depois confirmadas pelo UOL, o presidente da Young Flu, Manuel de Oliveira Menezes, e o vice Luiz Carlos Torres Júnior foram presos pela polícia civil. Além deles, Ricardo Alexandre Alves, presidente da Força Flu, também foi detido pelas autoridades.

    São quatro mandados de prisão, oito de condução coercitiva, nas quais dirigentes dos times do Rio são alvos, e 14 de busca e apreensão. Dirigentes de Fluminense, Botafogo, Vasco e um empresário ligado ao Fla são os alvos de mandados de condução coercitiva.

    A operação começou para investigar a relação entre clubes e torcidas organizadas.A polícia identificou que, mesmo as torcidas que estão banidas dos estádios,
    recebiam regularmente os ingressos, que eram repassados para cambistas e vendidos a preços altíssimos.

    *VEJA NOTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO DE JANEIRO

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST/MPRJ), participa, nesta sexta-feira (1/12), de operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), por meio da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).

    O objetivo da Operação Limpidus é cumprir quatro mandados de prisão temporária, 13 de busca e apreensão e oito de condução coercitiva, todos expedidos pelo juiz

    DIRIGENTES

    Foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimentos Pedro Abad, presidente do Fluminense, Eurico Brandão, vice de futebol do Vasco, e Anderson Simões, vice-presidente de estádios do Botafogo.

    Na busca realizada no Nilton Santos, a Polícia Civil apreendeu dois facões na sala do dirigente alvinegro.

    "Um estádio de futebol tem tantas ferramentas... esses facões podem ter sido qualquer coisa, inclusivE recolhido após serem abandonados. Preciso conversar com ele para entender melhor a situação", disse Carlos Eduardo Pereira, presidente do Botafogo.

    Filho de Eurico Miranda, Euriquinho tentou se descolar de um eventual beneficiamento com o repasse de ingressos. À "Globonews", o dirigente desconversou: "Eu estou aqui como testemunha. Não estou como envolvido no processo. Não tenho nenhum envolvimento. Vou ver se eu posso ajudar em alguma coisa. Espero que possa ajudar".

    O Fluminense ainda aguarda o desenrolar dos fatos para se pronunciar oficialmente sobre o caso, mas a alta cúpula da equipe tricolor já sabia que a polícia agiria. Por volta das 6h desta sexta-feira, Abad já estava na casa de Roberta Fernandes, diretora jurídica do clube, para alinhar a linha de argumentação.

    Em relação ao conhecimento prévio, o clube tricolor, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "ninguém no Fluminense sabia da operação da Polícia Civil e o presidente Pedro Abad esteve em sua casa até por volta das 8h30, quando saiu para encontrar com os advogados da equipe e se apresentar na Cidade da Polícia para prestar os devidos esclarecimentos".

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