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    C. Ronaldo marca, Real Madrid bate Grêmio e conquista hexa do mundo

    DE SÃO PAULO

    16/12/2017 16h47 - Atualizado às 20h28

    Maior vencedor do Mundial de Clubes na história, o Real Madrid terminou um ano quase perfeito frustrando o sonho do Grêmio.

    Com gol de falta do português Cristiano Ronaldo, a equipe espanhola venceu por 1 a 0 neste sábado (16), em Abu Dhabi e ficou com o título do torneio pela sexta vez.

    Após o reconhecimento pela Fifa das vitórias da antiga Copa Intercontinental, disputada entre 1960 e 2004, o Real Madrid passou a acumular os troféus de 1960, 1998, 2002, 2014, 2016 e 2017.

    O formato atual do Mundial foi criado em 2005. Antes disso, houve um torneio em 2000, o primeiro organizado pela Fifa.

    Neste ano, o Real Madrid apenas não foi campeão da Copa do Rei. O clube ganhou todos os outros torneios que disputou. Desde os menos importantes (Supercopas da Espanha e da Europa), aos mais relevantes (Campeonato Espanhol, Liga dos Campeões da Europa e Mundial).

    Cristiano Ronaldo foi eleito o melhor da final, mas o escolhido pela Fifa como destaque do torneio foi o meia croata Modric.

    Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, tentava ser o primeiro brasileiro campeão mundial como jogador e técnico. Em 1983, ele fez dois gols na vitória gremista sobre o Hamburgo (ALE).

    Desde o São Paulo (1992-1993), um time não conseguia conquistar o título em dois anos consecutivos.

    DOMÍNIO

    O Real Madrid controlou o jogo, mas não transformou o domínio em gols. O único da partida saiu em uma falha da defensiva gremista. O chute de Cristiano Ronaldo passou no meio da barreira.

    O Grêmio não criou nenhuma oportunidade para marcar durante a decisão. Geromel e Kannemann foram os melhores da equipe brasileira. Mas não havia como impedir Modric, Cristiano Ronaldo, Isco e Kroos de encontrarem espaços e criarem oportunidades.

    Ajudou ao Grêmio o fraco desempenho de Benzema. Cada ataque do Real Madrid que caía nos pés do francês esteve fadado ao fracasso.

    Defensivamente, os brasileiros tiveram bons 45 minutos, principalmente enquanto tiveram fôlego para pressionarem a saída de bola do Real. Renato Gaúcho acreditava que o aspecto físico poderia ser um diferencial.

    Foi tática que deu certo contra o Lanús (ARG), na final da Libertadores. Mais do que isso, era tentativa de repetir fórmula que funcionou nos títulos mundiais do São Paulo (2005) e Internacional (2006). Absorver a pressão do adversário, ter paciência e esperar o momento certo para acertar um ataque e ganhar.

    Na parte defensiva, funcionou. A partir dos 25 minuntos do primeiro tempo, a pressão espanhola arrefeceu. Mas o Grêmio, displicente no passe, não conseguiu achar o contra-ataque certeiro.

    "Infelizmente, não fizemos uma boa partida", reconheceu o treinador.

    Contribuiu para isso o fraco desempenho de Lucas Barrios e a quase ausência de Fernandinho em campo. Esperança de velocidade, este quase não foi acionado.

    Após a partida, Barrios afirmou ter disputado a última partida pelo Grêmio.

    Com o passar do tempo, o jogo não ficou melhor para o Grêmio. Ficou bom para o Real Madrid. Em duas jogadas houve excesso de preciosismo de Cristiano Ronaldo para finalizar. O controle do meio-campo deixava claro que dificilmente os europeus deixariam passar a conquista do Mundial.

    A vitória mantém também o ritmo de títulos de Zinedine Zidane no comando do Real Madrid.

    No cargo desde janeiro de 2016, ele tem média de um troféu conquistado a cada três meses. São duas Ligas dos Campeões da Europa, um Campeonato Espanhol, uma Supercopa da Espanha, duas Supercopas da Europa e, agora, dois Mundiais de Clubes.

    "Comentamos depois do jogo. Parece que eles não são deste planeta", comentou o goleiro Marcelo Grohe.

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