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    Copa do Mundo 2018

    Assessor de clube russo é punido por racismo contra jogadores brasileiros

    DE SÃO PAULO

    23/01/2018 17h13

    Ivan Sekretarev/Associated Press
    Brasileiro Fernando foi um dos alvos da brincadeira que rendeu punição ao assessor do Spartak
    Brasileiro Fernando foi um dos alvos da brincadeira que rendeu punição ao assessor do Spartak

    O Comitê de Ética da União Russa de Futebol decidiu multar em 20 mil rublos (R$ 1,2 mil) o assessor de imprensa do Spartak Moscou Leonid Trachtenberg por causa de postagem no Twitter feita no último dia 13 na qual compara os jogadores brasileiros Fernando, Luiz Adriano e Pedro Rocha com chocolate derretendo no sol durante exercício na intertemporada do clube nos Emirados Árabes Unidos.

    O jogador russo Georgi Djikiia, que faz a comparação no vídeo, recebeu uma advertência da União Russa.

    Tanto o assessor quanto o atleta têm três dias para recorrer da sanção.

    "Em nosso trabalho, nunca tivemos de lidar com uma situação como esta. O advogado do Spartak e o assessor Leonid Trachtenberg participaram do encontro e admitiram o erro por terem publicado tal material", disse Semen Andreev, chefe do Comitê de Ética.

    "Claro que o assessor de imprensa é responsável por isso", completou.

    Reprodução/Twitter
    Postagem comparando brasileiros com chocolate
    Postagem comparando brasileiros com chocolate

    A publicação do vídeo deu muita polêmica e o Spartak foi acusado de racismo. Tanto que a postagem foi apagada da conta do clube e na sequência diversos vídeos negando a existência de racismo no clube foram feitos.

    Em um destes vídeos, Djikiia e os três brasileiros aparecem juntos.

    Djikiia diz: "Na nossa equipe não existe racismo. Somos todos irmãos, todos uma família".

    Luiz Adriano responde: "Meu irmão, meu amigo. Você é uma lenda do Spartak. Eu te amo, meu amigo".

    Depois, o atacante recebe um beijo do companheiro russo.

    vídeo

    No ano passado, durante a final da Supercopa da Rússia, contra o Lokomotiv Moscou, torcedores do Spartak proferiram cantos racistas contra o goleiro brasileiro Guilherme Marinato, que é naturalizado russo e defende a equipe rival e a seleção local.

    "Banana, banana mama. Para que diabos a seleção russa precisa de um macaco?".

    O racismo é uma preocupação das autoridades russas e da Fifa para a Copa do Mundo, que começa em 14 de junho. Para combater o problema, a federação russa nomeou o ex-jogador Alexei Smertin como um supervisor para reportar problemas e punir os infratores.

    Artur Lebedev/Associated Press
    Camaroneses retratados por russos com rosto pintado de preto e cachos de bana em desfile em Sochi, em maio
    Camaroneses retratados por russos com rosto pintado de preto e cachos de bana em desfile em Sochi, em maio

    No ano passado, em um desfile ocorrido em Sochi antes da Copa das Confederações, camaroneses foram retratados por russo com o rosto pintado de preto. Um deles, tinha um cacho de banana no pescoço.

    A Fifa já informou que na Copa do Mundo, árbitros terão o poder de paralisar as partidas caso haja algum problema de racismo.

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