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    Stand-up paddle, pranchão com remo, vira mania; veja onde praticar

    NATÁLIA CANCIAN
    ENVIADA ESPECIAL AO LITORAL NORTE

    25/01/2014 00h01

    Antes, parecia ser só mais uma moda de verão. Agora, o stand-up paddle, nome daquela pranchona gigante com remo, está em quase todas as praias -e mostrou que veio para ficar.

    O esporte permite remar, ficar em pé e até surfar. Além da diversão, "é bom para melhorar a concentração e a postura", conta José Mário Roque, da escola Sahy Surfando, que fica em São Sebastião, litoral norte de São Paulo.

    Segundo instrutores, o equipamento, que antes só era procurado por adultos, já começa a despertar a curiosidade de crianças.

    "Tentei ficar em pé na prancha e não consegui. Depois tentei de novo e deu certo", conta Gabriel Tavares Ramos, 9. O garoto se interessou pela prática quando viu um primo "andando" por aí com a pranchona. "Então quis experimentar também", conta.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Depois de cair na água na primeira tentativa (veja abaixo dicas para ficar em pé na prancha), o menino diz ter ganho um esporte preferido: "Dá para ir remando aonde quiser. É fácil superar as ondas".

    De férias, Antonela Santos, 6, também testou o stand-up. E diz que achou "um pouquinho difícil". "Mas já fiquei em pé", comemora ela, que encarou a água em uma parte mais rasa do mar com a tia Regina Santos, 36.

    Com prancha ou sem, Antonela já sabe o que mais gosta de fazer quando está na praia. "Gosto de brincar na água", diz à reportagem, antes de correr em direção ao mar.

    GRANDE PROCURA

    A procura de crianças pelo stand-up paddle é tanta que uma versão menor da prancha, feita de material mais macio, já aparece em algumas praias do litoral.

    Mas nada de ir sozinho para o mar: devido ao tamanho do equipamento, o stand-up deve ser praticado apenas após os cinco anos de idade e na companhia dos responsáveis ou monitores, que podem segurar a prancha e acompanhar o trajeto.

    Quem tiver mais experiência na água pode até tentar usar a pranchona sozinho para remar por aí, já que os monitores ficam por perto e dão dicas.

    Há até uma certa vantagem em relação aos adultos.

    "Como a prancha é grande e as crianças são pequenas, elas têm mais estabilidade. Os adultos têm mais dificuldade pelo peso do corpo", diz o professor de educação física Rodrigo Santalucia, da escola Boas Ondas.

    HAVAÍ

    O stand-up é mais antigo do que parece: um dos primeiros registros vem da década de 1940, no Havaí, "berço do surfe".

    "As pranchas de surfe eram muito grandes. Alguns professores pensaram em usá-las para remar e enxergar o horizonte", conta Ivan Floater, da Confederação Brasileira de Stand Up Paddle.

    Bem antes, havia os "caballitos de totora", embarcação artesanal em que peruanos remavam de pé, há mais de 2.000 anos.

    Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress

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