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    Garoto passou a arrumar a cama após virar escoteiro; E você? Arruma?

    MÔNICA CARDOSO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    01/02/2014 00h01

    Montar barraca, fazer vários tipos de nós, guiar-se pelas estrelas. Ser escoteiro é bem mais do que isso. As crianças convivem em grupos, compartilham seus objetos e aprendem a ser mais independentes. Só que com muita diversão.

    Todo sábado, Eduardo Lima de Abreu, 11, frequenta o Grupo Escoteiro São Paulo (Gesp), no Brooklin, na zona sul da cidade.

    No início da reunião, as crianças formam um círculo, hasteiam a bandeira brasileira e fazem a saudação dos lobinhos (membros de até dez anos), encostando os dedos médio e indicador da mão direita na testa para formar um "V", que lembra as orelhas de um lobo.

    Na reunião acompanhada pela "Folhinha", os chefes (monitores) ensinaram a fazer pão e banana com chocolate, assados na fogueira. "Ajudei a mexer a massa do pão e a enrolei no espeto. São comidas fáceis de fazer, não usam panela. E podem ser úteis para acampar", diz Eduardo.

    No último acampamento, em um sítio, Eduardo participou de várias brincadeiras. "Comemos bolacha e tivemos que assobiar o hino nacional com a boca cheia. Fizemos boiacross no rio, e a água estava muito gelada", lembra.

    Fernando, 8, irmão de Eduardo, gostou mais das brincadeiras noturnas. "Brincamos de esconde-esconde com lanterna, cantamos e contamos histórias em volta da fogueira."

    Gustavo Andrade Teixeira, 9, empolga-se ao falar sobre seu primeiro acampamento. "O chefe nos ensinou a pescar. Assamos os peixes na fogueira e ficou muito bom! Recolhemos o lixo da mata. Gosto de ser lobinho porque aprendo a ser educado, a ajudar as pessoas e a reciclar o lixo."

    Foi a primeira vez que dormiu fora de casa sem os pais. "Senti saudades, mas o chefe estava por perto", diz ele, lobinho assim como a irmã gêmea, Júlia.

    Nas reuniões, o grupo aprende atividades que serão colocadas em prática nos acampamentos. "É uma grande brincadeira, mas cada atividade ensina algo. Ao montar uma barraca, por exemplo, eles têm que trabalhar em equipe, diz André Spina, 31. Ele foi lobinho e hoje é diretor de comunicação dos Escoteiros do Brasil, que reúne os grupos escotistas do país.

    Fabíola Abreu, mãe de Fernando e Eduardo, conta que os filhos mudaram muito nos três anos que participam do grupo.

    "Estão mais responsáveis e independentes. Até arrumam a cama ao acordar." E você? Arruma?

    ANO NOVO, ROUPA NOVA

    Nas reuniões semanais ou nos acampamentos, os escoteiros vestem uniforme. Em 2014, o guarda-roupa será renovado.

    As novas roupas foram desenvolvidas em parceria com o Senai de São Paulo, que levou em conta opiniões de mais de 4.000 pessoas.

    Pela primeira vez, a vestimenta terá um corte específico para as meninas. O uniforme é composto por camiseta, camisa polo, camisa social de manga curta e longa, jaqueta, bermuda e calça.

    Mas cada grupo escoteiro continuará mantendo sua cor de lenço e distintivo, que é uma forma de identificação.

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