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    Com máscaras e chicotes, meninos pedem dinheiro na Semana Santa

    GABRIELA ROMEU
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    12/04/2014 00h01

    Perto da Páscoa, na Semana Santa, é tempo de brincar de careta no Cariri. Careta, nesse caso, significa a máscara usada na tradicional brincadeira.

    Nessa época, as crianças se preparam para a malhação de Judas, tradição cristã que simboliza a morte do apóstolo que traiu Jesus Cristo. O Judas é representado por um boneco feito de roupa velha e serragem.

    Em todo canto, os meninos vestem máscaras de papelão ou de borracha. Fazem um chicote e usam roupas tiradas do baú das avós.

    Surgem figuras de dar medo nos pequenos e de fazer rir os mais crescidos. Com um sino amarrado na cintura, um barulho anuncia a chegada dos caretas, que tropeçam e fazem muita graça.
    Andam aos bandos, assustando as pessoas e pedindo dinheiro pelas ruas. "Ô, 'padinho', me dá uma esmolinha aí", dizem.

    Marcos José Santos, 12, faz todo ano uma máscara nova para a brincadeira. "Já tive medo dos caretas, ficava até de vento caído [assustado]. Mas fui crescendo e criei coragem, hoje já brinco", conta.

    CARIRI

    É uma região do Ceará chamada de "oásis do sertão", pois tem água em muitos lugares.

    Reúne várias cidades, como Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte, conhecida pelas romarias do Padim Ciço, o Padre Cícero, considerado pelo povo como um santo milagreiro.

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