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    Leia entrevista com diretoras da cia. Le Plat du Jour

    MÔNICA RODRIGUES DA COSTA
    DA PUBLIFOLHA

    12/04/2014 00h01

    A cia. Le Plat du Jour reestreia sua adaptação de "Rapunzel" em São Paulo.

    Leia abaixo entrevista com as diretoras da companhia, Carla Candiotto e Alexandra Golik, sobre como foi adaptar o conto de fada.

    As apresentações acontecem sábados e domingos, às 17h30, no Teatro Alfa. Os ingressos custam de R$ 15 a R$ 30.

    *

    Folhinha - Por que montar contos de fada no teatro?
    Carla Candiotto - Acho necessário, a criança tem de viver o que lê em casa. Se a gente faz uma releitura de um conto de fada, as crianças que conhecem a história pensam sobre o que já imaginaram e comparam com o que outra pessoa imagina. É um exemplo bom para elas.

    Quando a gente monta um conto no teatro, estuda muito. A figura do homem não é tão valorizada na peça "Rapunzel". Esse conto fala de amor e de ódio, da possessão da mãe, da soberba. A bruxa como mãe é muito vaidosa, o que faz com que ela crie Rapunzel para si mesma...

    Alexandra Golik - O conto de fada é um arquétipo [modelo], conhecido por todo mundo há muito tempo. Trata do bom e do mau de forma muito clara. São valores que se transmitem às crianças. A gente tem de criar os filhos para o mundo.

    Vocês mudaram o conto da Rapunzel?
    Candiotto - A gente preparou para o fim do espetáculo o encontro entre Rapunzel e a mãe dela. Uma mãe que tem o filho roubado nunca deixa de procurá-lo.

    O confinamento de Rapunzel é uma tragédia...
    Golik - A prisão se faz de uma maneira bem sutil. Ela não percebe que está presa de cara, então não tem revolta. Ela vai se emaranhando naquela prisão que a Bruxa armou. A gente quis simbolizar que o mesmo lugar que liberta aprisiona.

    A mãe também é castigada, pelo desejo exagerado de comer rabanetes.
    Candiotto - Essa história é sobre o desejo de uma mulher que está grávida e o desejo de outra mulher [a Bruxa]. E Rapunzel entre eles, no meio de tudo. Isso tem consequências.

    Essa vontade da mãe é castigada...
    Candiotto - A pessoa tem que saber que existe uma consequência em buscar aquilo que se quer. A mãe Rapunzel quis o rabanete da vizinha e não mediu esforços para conseguir...

    Golik - O marido trouxe todas as comidas do mundo para ela, mas a mãe quis apenas o rabanete. Mas, no final, há reparação.

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